Não foi o dilúvio registrado na bíblia na época de Noé, mas a chuva que caiu numa província chinesa entre o último sábado e terça-feira, já é mais intensa nos últimos mil anos no país. As chuvas que caíram em três dias registraram medidas pluviométricas de 617,1 mm, e são praticamente o acumulado de 1 ano.
A chuva torrencial foi registrada em Henan, situada na região central da Chica, que possui uma população estimada em 94. 023. 567 habitantes. As autoridades locais informaram que pelo menos 25 pessoas morreram e outras 100 mil ficaram desabrigadas. A maioria das pessoas desabrigadas moravam na capital da província, Zhengzhou.
Autoridades locais das cidades que compõem a província relataram as inúmeras dificuldades das forças especializadas locais para resgatar as pessoas. Muitas estavam dentro de transportes coletivos, como metrôs, e ficaram no meio deste dilúvio com água subindo rapidamente e quase provocando números maiores de mortes.
Devido a chuva o fornecimento de energia elétrica foi interrompido, ruas e estradas interditadas e muitas casas alagadas. Foram confirmadas a morte de 25 pessoas e outras sete permanecem desaparecidas, segundo informações da imprensa oficial do país asiático.
Relação com o clima
Cientistas e meteorologistas afirmam que as chuvas estão diretamente relacionadas ao aquecimento global. O professor de ciência atmosférica, Johnny Chan, que atua na City University de Hong Kong, faz uma comparação com a onda de calor nos EUA e as enchentes na Europa Ocidental, igualmente, reflexos do descontrole da natureza como efeito do aquecimento global.
O professor chegou a fazer um alerta para que as autoridades possam começar a desenvolver estratégias para conseguirem lidar com este tipo de descontrole climático que assola o planeta. A discussão sobre o clima tem ganho cada vez mais espaço na Organização das Nações Unidas (ONU), mas muitos países não conseguem colaborar para a redução de emissão de gases poluentes e a preservação das suas florestas, – fundamentais para manter o equilíbrio.
Caos em Henan e o processo de reconstrução
Além dos muitos estragos que irão demandar uma reconstrução em várias cidades da província, faz-se necessário reconduzir de maneira mais urgente, aquela região para o funcionamento de aeroportos, estações de metrô e estradas, boa parte destruída pelas chuvas.
Muitos desabrigados foram alocados em espaços do governo e estão recebendo porções diárias de Lámen, que é o macarrão instantâneo, mais conhecido no Brasil como miojo, e água quente como forma de alimentação. O governo estuda uma forma de realocar essas pessoas em moradias provisórias até a inundação diminuir.