Em fevereiro de 2020, foi identificado pelos cientistas um buraco no espaço que, com o passar do tempo, chegou a quase um milhão de quilômetros quadrados na camada de ozônio. O buraco foi o maior já registrado sobre o Ártico.
A boa notícia é que os pesquisadores do Serviço de Monitoramento Atmosférico Copernicus informaram que o buraco acabou de se fechar de forma natural. Eles alertam, porém, que o desaparecimento do buraco não tem relação com a diminuição das emissões de poluentes em razão do isolamento social.
Até porque, garantem os cientistas, o buraco na camada de ozônio não foi consequência da poluição, mas sim de um vórtice polar poderoso que nada mais é que sistema de baixa pressão e ar frio que envolve ambos os polos.
Maior buraco registrado no Ártico
Além da grande extensão, que realmente impressiona, o buraco foi capaz de esgotar o ozônio encontrado em quase 18 quilômetros de estratosfera. A última vez que isso foi registrado foi no ano de 2011.
A camada de ozônio
A camada de ozônio é responsável por barrar os raios ultravioletas que são provenientes do sol. Os raios são sempre associados a problemas graves de saúde como câncer de pele. Na maioria dos casos, quando há a destruição dessa camada é em razão da poluição emitida pelos seres humanos, mas dessa vez foi diferente.
A escassez do ozônio no Polo Sul é causada diretamente pela ação humana, mas no Ártico não. É que quando os poluentes que têm substâncias como cloro e bromo chegam à estratosfera, no Polo Sul, e se acumulam no vórtice polar, tornam a camada que protege a terra da radiação mais fina.
No Ártico, os vórtices polares são mais fracos, e por isso é difícil encontrar condições para o esgotamento de ozônio.