Em agosto de 2021, o governo previa um salário mínimo de R$ 1.169,00 para o próximo ano. Todavia, com a elevação da projeção da inflação baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor – INPC de 8,4% para 10,04%, o valor já chega à casa dos R$ 1.210,44. Esse valor ainda não é o definitivo, pois somente em janeiro os números oficiais serão divulgados.
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Essa será uma alta histórica, mas que não refletirá de forma positiva para o trabalhador e nem para o governo que ampliará gastos previdenciários. Mesmo sendo um dos maiores reajustes do salário mínimo dos últimos anos, deve-se entender que não representa um ganho real, pois ele apenas acompanha o crescimento da inflação.
Diversos fatores têm contribuído para a alta da inflação. As últimas medidas tomadas pela equipe econômica do governo não têm conseguido frear o ritmo acelerado do crescimento inflacionário. A base de correção do salário mínimo é justamente os índices apontados pelo INPC, mas os reajustes não ficam acima da inflação e, deste modo, não representam ganho real.
O mesmo reajuste é o que provoca o impacto nas contas públicas por conta do aumento do teto previdenciário. Os cálculos apontam que, para cada real acrescido ao salário mínimo, o reajuste impacta em cerca de R$ 350 milhões no orçamento público devido aos gastos previdenciários.
Principais causadores da inflação
O principal problema na balança inflacionária tem sido as constantes altas nos valores dos combustíveis, alimentos e energia elétrica. Esses três pilares da economia estão pesando cada vez mais para o lado da inflação.
Caso se confirme a projeção atual, o salário mínimo chegará a R$ 1.210,44 com um aumento de R$ 110,44. A última vez que o salário mínimo teve um aumento dessa magnitude foi em 2016, quando aumentou 11,6%.