Já era previsto que o Copom iria realizar mais um reajuste na taxa básica de juros (Selic) no país, sendo a sexta neste ano. Desta vez, o Comitê de Políticas Monetárias do Banco Central elevou em 1,5 ponto percentual: de 6,25% para 7,75% ao ano.
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Essa é a maior taxa registrada desde outubro de 2017. O Copom já anunciou, através de comunicado, que a taxa sofrerá novo reajuste no mesmo percentual na próxima reunião. A decisão tomada no final da tarde desta quarta-feira (27) tem como objetivo controlar a inflação, que já chega a 10,38% no acumulado dos últimos 12 meses, conforme dados divulgados pelo IBGE.
O Copom ressalta que, neste contexto, existiu forte pressão do mercado financeiro após uma sinalização de que o governo poderia ultrapassar o teto de gastos na tentativa de bancar o Auxílio Brasil. Na semana em que o governo anunciou as suas medidas para conseguir desenvolver o programa assistencial, o mercado respondeu negativamente com uma valorização do dólar.
A parcial do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e sua piora das projeções acabaram sendo molas propulsoras para esse resultado da taxa Selic. Em 22 de setembro, na última reunião do Copom, foi anunciado que a taxa de 1 ponto percentual seria mantida.
Porém, a perspectiva de inflação para 2021 a 2023 era diferente das novas expectativas. A inflação deste ano continua caminhando na casa dos 10% e isso tende a alavancar um possível alteração na Selic, que ultrapasse os 1,5 ponto percentual para a próxima reunião do Comitê Monetário.
A projeção feita pelo Banco Central para a inflação em 2022, que anteriormente era de 3,7%, chegou ao acúmulo astronômico de 8,50% nesta mudança de 2021 para 2022. Para o decorrer do próximo ano, baseado nas premissas da pesquisa Focus, esse índice inflacionário é previsto para 9,75%.
A decisão de aumento da Selic pelo Copom objetiva manter a meta de 3,50% e, para isso, chega a números maiores que os previstos pelo mercado.