O futuro do novo programa de transferência, Auxílio Brasil, é totalmente incerto. O governo ainda não conseguiu solucionar o problema dos precatórios e nem realizar a previsão orçamentária que alicerçaria o respectivo programa. Com isso, existe uma pressão para que o auxílio emergencial seja prorrogado mais uma vez, haja vista que o seu encerramento está previsto para o mês de outubro.
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Em relação ao novo Bolsa Família, o governo pretende elevar os pagamentos na casa dos R$ 300,00 para cerca de 17 milhões de famílias. O custeio seria feito a partir do parcelamento dos precatórios, desonerando os gastos do governo e a reforma do Imposto de Renda. Mas tudo isso deveria ser realizado em 30 dias para viabilizar o quanto antes do programa.
Por outro lado, uma determinada ala do governo busca fazer com que ocorra a prorrogação do auxílio emergencial e com valor maior. Essa segunda opção comprometeria o orçamento, pois estaria fora do teto e provocaria, inevitavelmente, um desequilíbrio orçamentário gigante.
Eleições e novos benefícios sociais
Às vésperas do ano eleitoral, o empenho que o governo faz em benefícios sociais poderá elevar a popularidade para 2022. O problema é que, além de esbarrar na crise econômica que assola o país, o governo ainda não conseguiu agilizar a pauta do novo programa social e fazê-lo andar. As pretensões do atual governo era dobrar em 50% o valor do Bolsa Família através da mudança para o Auxílio Brasil, mas depara-se com o orçamento.
Com o fim do auxílio emergencial no mês de outubro, serão cerca de 25 milhões de pessoas sem receber o recurso e isso poderá impactar diretamente a economia. Isso ocorre porque muitos não recebem o Bolsa Família e, portanto, com o fim do auxílio, não poderão ser migrados automaticamente.
O governo deverá intensificar ainda mais as tentativas de agilização do novo programa (Auxílio Brasil) a partir desta semana. Isso porque, no próximo ano, a legislação eleitoral impedirá ações nesse sentido. O orçamento previsto para o novo programa é de cerca de R$ 62 bilhões, que atenderia cerca de 17 milhões de famílias com o valor de R$ 300,00.