Utilizando possíveis maneiras para adiantar o processo de aprovação do novo Bolsa Família (Auxílio Brasil), uma das soluções apresentadas pelo governo é a reforma do Imposto de Renda. O governo está apostando todas suas fichas e, conforme já adiantou representantes do Executivo, a reforma tem encontrado apoio no Senado.
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O secretário especial de Tesouro e Orçamento do Ministério da Economia, Bruno Funchal, afirmou que a sacada do governo não é, em hipótese alguma, aumentar impostos para bancar o programa. Dessa forma, a ideia é de garantir a reforma do IR, que utilizará os dividendos.
Na prática, o secretário explicou que o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, feito pelo governo em relação ao 4º bimestre, apresentou uma sobra na casa dos R$ 9,4 bilhões. Esse valor está contido no orçamento do atual Bolsa Família. No entanto, o governo pretende repassar R$ 7,7 bilhões para o Auxílio Brasil.
Isso provocará a necessidade de complementação, com elevação do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). Em linhas gerais, o aumento do IOF foi uma das formas que o governo encontrou para a criação do novo benefício ainda em novembro.
Nos próximos anos, Funchal informou que o programa deverá ser custeado com a tributação de dividendos, além de parte do lucro das empresas distribuídas aos acionistas. A estimativa é de que o investimento no Auxílio Brasil seja de R$ 61,2 bilhões para o próximo ano. Desse modo, o programa terá um gasto mensal em torno de R$ 5,1 bilhões.
Isso representa um aumento quase dobrado em relação ao pagamento atual do Bolsa Família.