Quase 2 milhões de pessoas estão na fila de espera para receber o Bolsa Família. São 1.186.755 de cidadãos que cumprem os critérios para receber o auxílio do Governo Federal, mas que ainda aguardam a liberação do pagamento.
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O Bolsa Família está sendo reformulado pelo governo, que pretende redefinir os parâmetros para pobreza e extrema pobreza. Ele deverá ser renomeado de Auxílio Brasil, passando por reajuste no valor médio que é pago às famílias cadastradas.
Apesar da discussão, o orçamento para o ano de 2022 não mostra aumento dos recursos previstos para a distribuição do auxílio. A estimativa de gastos é de R$ 34,7 bilhões, valor igual ao de 2021 e que consegue atender 14,7 milhões de cidadãos.
A justificativa do Ministério da Economia para a fila de espera está no aumento dos gastos com precatórios, que são as despesas relacionadas com decisões judiciais. Em 2021, o valor desses gastos foi de R$ 54,7 bilhões, sendo que a estimativa para 2022 é de R$ 89,1 bilhões.
De acordo com a pasta, haverá uma tentativa de redução de pagamentos dos precatórios para que haja liberação de verba para o Auxílio Brasil.
Quem tem direito ao benefício
O Bolsa Família é destinado a pessoas que vivem em situação de pobreza ou extrema pobreza — o equivalente a uma renda de até R$ 89 por pessoa. No caso da renda familiar, o valor por pessoa é de R$ 89,01 a R$ 178 mensais, contanto que tenham crianças ou adolescentes com até 17 anos de idade.
A atualização dos valores deverá elevar para R$ 93 a renda mensal de extrema pobreza e para R$ 186 o da pobreza, aumentando o número de pessoas que poderão receber o benefício. O valor médio que as famílias cadastradas recebem é de R$ 189.
A previsão do governo é a de que esse número suba para R$ 300.