A conta de energia elétrica pode ficar ainda mais cara, conforme sinalizado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). Uma nova bandeira tarifária foi divulgada pela entidade denominada de “escassez hídrica”.
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O nome faz jus à enorme crise hídrica que assola o país, sendo considerada uma das maiores em mais de 90 anos. Conforme as informações da Aneel, a taxa será de R$ 14,20 para cada 100 kilowatt-hora (KWh) e teve início nesta quarta-feira, 01 de setembro. A bandeira vigorará até o mês de abril de 2022.
Antes da nova bandeira entrar em vigor, a mais alta era a vermelha 2, que representava R$ 9,49 por 100 kWh. O aumento em relação ao atual é de aproximadamente 50%.
Crise hídrica e tarifas
Com o nível dos reservatórios baixos, a produção de energia elétrica cai. Para evitar apagões e problemas no fornecimento, essas usinas passam a utilizar com maior frequência as usinas termelétricas. Elas funcionam a partir de produtos como biomassa, madeira e carvão mineral para gerar calor.
O problema é que, para esse tipo de geração de energia, os custos aumentam. Automaticamente, provocam a lei da demanda e da oferta. A grande questão é que, para o consumidor, passa a ser um problema a mais no momento de fechar as contas mensais. O custo da energia vem atrelado ao aumento da inflação, gás de cozinha, combustível e cesta básica.
Para se ter uma ideia de como os preços no serviço de fornecimento de energia elétrica estão sendo ajustados devido à crise hídrica, fazem apenas três meses entre a criação da bandeira vermelha patamar 2 e a nova tarifa de escassez hídrica.
A explicação do ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, é de que a primeira tarifa não foi suficiente para cobrir os gastos com a produção de energia termelétrica.