Em conversa com apoiadores na última terça-feira (31/08), o presidente Jair Messias Bolsonaro (sem partido) foi questionado sobre os preços dos combustíveis. O chefe do Executivo direcionou o problema para os governos estaduais, culpando o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS aplicado pelos estados.
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O presidente garantiu aos seus apoiadores que, a partir de agora, irá fazer alguma coisa em relação aos preços dos combustíveis. De acordo com Bolsonaro, o governo irá trabalhar em cima dos valores. A fala do presidente pode soar de maneira para a Petrobras. Qualquer sinal de interferência na política da empresa pode causar reações no mercado investidor.
Desde o período de campanha, Bolsonaro afirma que não causará interferência política na Petrobras. Todavia, com o aumento dos preços dos combustíveis, Bolsonaro demitiu Roberto Castello Branco do cargo de presidente da Petrobras e, em seu lugar, nomeou o general do exército Joaquim Silva e Luna. Porém, a troca de comando não trouxe soluções no controle dos preços dos combustíveis.
Outros fatores que contribuem muito para a alta do dólar são as altas do mercado internacional e o valor do dólar em relação ao real, que é bem maior. A alta da moeda internacional tem sido um dos fatores preocupantes nos últimos meses para o governo.
Resposta do governo sobre o preço dos combustíveis
Na prática, o presidente está articulando a aprovação de um Projeto de Lei que visa transformar o ICMS, especificamente sobre os combustíveis, em um valor que seja fixo.
O projeto já foi encaminhado para o Congresso, mas encontra resistência. Até porque, na proposta, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) ficaria responsável por definir as alíquotas do ICMS sobre combustíveis.