Nesta segunda-feira (02/08), primeiro dia útil do mês e retorno do recesso parlamentar, o presidente Bolsonaro enviou a Proposta de Emenda Constitucional. O projeto dá margem para um novo Bolsa Família e eleva o valor médio para R$ 400,00. Essa PEC foi entregue pelo chefe da Casa Civil ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM- MG).
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Especialistas em política afirmam que a reformulação do benefício é uma tentativa do presidente em aumentar sua aceitação e popularidade. O papel a que foi destinado Ciro Nogueira (PP-PI), ministro da Casa Civil, parece que começa a ser desenvolvido, pois o Palácio do Planalto aposta todas as fichas no poder de negociação do Senador licenciado.
Novo Bolsa Família
Como intermediador, Ciro Nogueira deverá ter diversas reuniões com parlamentares ao longo dos próximos dias. O valor que o presidente tenta emplacar para o novo Bolsa Família entra em discordância com o pretendido pelo seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Uma das principais preocupações da equipe de economia é quanto a retirada do dinheiro para bancar o respectivo valor.
Para que seja realizado o respectivo pagamento, haverá a necessidade do parlamento reduzir os gastos da União e encaixar no orçamento proposto. Muitos parlamentares estão resistindo à medida. Como uma das medidas para alcançar a harmonia entre o orçamento e o pagamento do benefício neste respectivo valor, o Ministério da Economia chegou a propor fazer uso dos precatórios.
Rapidamente, o mercado financeiro reagiu negativamente e encontrou nos parlamentares um aliado, que fizeram forte campanha contra a medida. Neste momento, o governo precisa de uma definição de uma fonte para o custeio do pagamento e perfilar, detalhadamente, a quantidade de beneficiários que serão alcançados com o novo Bolsa Família.