No Brasil, houve um aumento significativo na conta de energia elétrica quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu aplicar a bandeira vermelha 2, tarifa extra mais cara, em meio à crise hídrica. Com isso, a conta de luz está mais cara em 14 estados brasileiros.
A alta nas contas de energia elétrica faz parte do reajuste anual das concessionárias de energia. De janeiro até agora, 31 distribuidoras já repassaram um aumento de 7% aos consumidores.
Os reajustes estão nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo, Sergipe e Tocantins.
Porque a conta de luz está mais cara?
O motivo para as revisões tarifárias pode variar quando se analisa cada distribuidora e também conforme os custos que estão envolvidos para a oferta de energia no período. Geralmente, o maior fator para definir as estimativas de custo é a região em que opera cada empresa de energia elétrica.
Entre os fatores cruciais para os ajustes de energia elétrica, a Aneel citou:
- Efeitos do IGP-M;
- Despesas relacionadas a transporte, aquisição e distribuição de energia;
- Créditos referentes a PIS/COFINS;
- Empréstimo da Conta-COVID (este financiamento foi criado durante a pandemia do COVID-19).
Cada companhia leva em conta uma série de fatores para determinar o reajuste que será necessário. Por esse motivo, o tamanho do reajuste não é necessariamente o mesmo para todas as empresas.
Bandeiras tarifárias de energia
A conta de luz pode vir com uma das três bandeiras tarifárias que indicam condições e custos variáveis para gerar energia elétrica em cada mês. Sendo assim, elas são definidas por cores:
- Verde: as condições hidrológicas são favoráveis à produção de energia, logo, não há acréscimo nas contas de luz;
- Amarelo: as condições hidrológicas estão um pouco menos favoráveis, o que implica em cobranças adicionais proporcionais ao consumo;
- Vermelho: as condições hidrológicas são desfavoráveis e há cobrança adicional proporcional de R$ 4,00 por 100 kWh.
Além disso, a bandeira vermelha é divida em duas categorias:
- Patamar 1: razão de R$ 6,00 por 100 kWh;
- Patamar 2: são acrescentados os impostos vigentes. Que é o caso da atual decisão tomada pela Aneel.