A afirmação foi feita na última quarta-feira, 14 de julho de 2021, sobre os cidadãos brasileiros de baixa tenda poderem receber um auxílio emergencial de até R$ 3 mil. Segundo o Ministro da Economia, Paulo Guedes, isso será possível se o país avançar nos processos de privatização.
Se isso acontecesse, seria de longe um projeto com o maior valor da história do país em pagamentos assistencialistas. No entanto, para viabilizar o novo programa, o país precisaria vender as suas estatais e dar uma parte do dinheiro da arrecadação para pagar os mais pobres.
Auxílio emergencial de até R$ 3 mil: quem vai pagar?
Em sua fala, o ministro comentou sobre a privatização da Eletrobras. “Que tal se com o dinheiro da venda da Eletrobras, pelo menos 30% fossem distribuídos para os cidadão mais frágeis brasileiros? Será que em vez de fazer redistribuição de renda, será que não aprendemos algo com o efeito riqueza? Que tal para alguém que ganha R$ 250 todo mês de Bolsa Família, de repente você dá R$ 3 mil pra ele? E isso foi fruto de uma desestatização. Será que a opinião pública não muda?”, indagou.
Contudo, segundo informações, o Presidente Jair Bolsonaro não estaria muito confiante com essa ideia. É que segundo interlocutores, o chefe do executivo teme que essas privatizações possam acabar tirando votos dele.
No ano passado, Guedes também falou sobre esse assunto. Ele chegou a dizer que pagaria o benefício Renda Brasil com o dinheiro de privatizações. No entanto, a ideia não foi para frente e esse programa sequer chegou a sair do papel.
Novo Bolsa Família
Na última quarta-feira (14/07), o governo federal enviou uma proposta que viabiliza o novo Bolsa Família ao Congresso Nacional. O projeto define a origem dos recursos para um novo programa, sendo que parte das verbas viriam de tributação de lucros e dividendos.
O novo programa ainda não tem um nome específico. Por isso, é tratado como novo Bolsa Família. Estima-se que os custos serão de R$ 53 bilhões, fazendo com que o Ministério da Economia procure forma de arrecadar o dinheiro. A solução encontrada, até o momento, é a reforma tributária.