O parlamentar e candidato à presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), falou sobre a possibilidade de se pagar o auxílio emergencial em 2021. No caso, os pagamentos seriam realizados por mais alguns meses.
Entre as condições citadas por Lira estão a aprovação do orçamento de 2021, quantidade de beneficiários que receberão o auxílio emergencial e os valores dos pagamentos, já que é preciso ter um controle de gastos.
“Penso que, com Orçamento [aprovado], dependendo do valor e do prazo [do benefício] e respeitando o teto de gastos, tenhamos possibilidade de fazer um auxílio, até que se vote um novo programa permanente [como o Bolsa Família]”, comentou o parlamentar.
Além disso, Lira citou a possibilidade de criação de um novo programa de transferência de renda, semelhante ao Bolsa Família. Para que seja feito, seria necessária a aprovação por meio de uma PEC Emergencial pelo Congresso Nacional.
Na PEC, gastos do governo deveriam ser reduzidos. Entre eles estão cortes em salários de servidores públicos e até a extinção de municípios com que não possuem verbas para se sustentarem sozinhos.
“Para criar um programa novo, para institucionalizar um programa inclusivo, nós temos de discutir e aprovar a PEC emergencial, para que a gente reduza despesas e faça um orçamento mais flexível e, na sequência, vote as reformas administrativa e tributária”, disse Lira, candidato com apoio de Jair Bolsonaro.
Como foi o auxílio emergencial
O auxílio emergencial foi pago no ano de 2020 para pessoas que se encontravam em situação de vulnerabilidade socioeconômica durante a pandemia provocada pelo novo coronavírus (COVID-19). Apesar dos repasses terem ocorrido até dezembro de 2021, alguns saques ainda podem ser feitos no mês de janeiro de 2021.
Segundo o governo, pelo menos 68 milhões de pessoas receberam ao menos uma parcela do benefício, com um custo que superou os R$ 250 bilhões aos cofres públicos. Ao todo, foram feitos oito pagamentos, sendo cinco de R4 600 e três de R$ 300.