A prefeitura da cidade de Rolândia, no estado do Paraná, irá liberar uma extensão do auxílio emergencial por conta própria. O benefício, intitulado “Bolsa Rolândia”, será no valor de R$ 900 pago em três parcelas de R$ 300 até março de 2021. A extensão foi uma promessa de campanha do novo prefeito eleito, Ailton Maistro, que negociou a aprovação do projeto de lei com o presidente da Câmara.
Agora, falta apenas sancionar o texto. O objetivo é começar os pagamentos ainda neste mês de janeiro e a previsão de gasto é de R$ 1,5 milhão. Segundo o informado, o financiamento vem de recursos livres do município e a ajuda será dada a 1.736 famílias inscritas no Bolsa Família. Mas quem for Microempreendedor Individual (MEI) ou trabalhador autônomo que recebeu o auxílio emergencial em 2020, ficará fora das novas cotas.
“Nós sabemos a dificuldade dessas famílias, por isso estamos encaminhando esse projeto para que nos próximos 90 dias, final de janeiro, fevereiro e março, eles tenham esse subsídio de R$ 300”, disse Ailton.
Como vai funcionar a extensão do auxílio emergencial
O vice-prefeito Márcio Vinícius informou que a prefeitura está conversando com uma instituição financeira para entregar cartão de débito gratuito aos beneficiários. “O cartão deve ter uma bandeira nacional e pode ser usado com compras à vista em estabelecimentos comerciais. A ideia é não ser possível fazer saques para se evitar mais filas e aglomerações”, afirmou.
De acordo com Vinícius, as transferências de renda devem começar ainda em janeiro. A ideia é injetar R$ 500 mil na economia do município a cada parcela paga da extensão do auxílio emergencial. O vice explicou que o dinheiro sairá de ações da nova administração. “Então, ao longo do ano, nós vamos repor esse valor de R$ 1,5 milhão com as retiradas das arrecadações dos impostos”, ressaltou.
O benefício nacional não tem previsão para continuar
Já o benefício entregue pelo governo federal em 2020 não tem previsão para ser prorrogado. Deputados e Senadores já enviaram propostas de criação de três novas parcelas, mas nada foi votado ainda. O presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que os gastos chegaram no limite. Segundo ele, o Brasil está com dívida de R$ 700 bilhões por causa das medidas tomadas durante a pandemia de coronavírus.
Sem uma nova extensão do auxílio emergencial, muitos brasileiros poderão perder toda sua fonte de renda. Enquanto isso, o Ministério da Cidadania trabalha na reestruturação do Bolsa Família que deve aumentar o público atendido para 14,5 milhões de famílias. Além disso, o projeto conta com um aumento no valor transferido aos beneficiários.