O encerramento dos pagamentos do auxílio emergencial ocorreu nesta terça-feira (29/12). O governo informou que não tem planos de renovar o benefício para 2021. Sendo assim, o fim do auxílio emergencial afetará 48 milhões de pessoas, sendo a maioria composta por trabalhadores informais.
Agora, em 2021, só serão pagos benefícios de quem fez contestação ou que por algum motivo esteja bloqueado por questões judiciais. Vale ressaltar que os saques dos pagamentos de dezembro serão liberados em janeiro.
O governo federal estima ter gastado cerca de R$ 300 bilhões com os pagamentos do auxílio emergencial. Ao todo, foram pagas cinco parcelas de R$ 600 e mais quatro com o valor de R$ 300.
Ao longo de 2020, houve uma tentativa de se criar um novo programa de Transferência de Renda, mas após muitos problemas com a origem das verbas, o governo federal acabou descartando a ideia. Agora, existem planos para ampliar o Bolsa Família para incluir mais pessoas e elevar os valores para R$ 200.
No entanto, já se sabe que nem todos os 48 milhões que serão afetados com o fim do auxílio emergencial poderão contar com o Bolsa Família. De acordo com o Ministério da Cidadania, em 2021, 19,2 milhões de pessoas poderão participar do programa. Sendo assim, será necessária uma outra medida para complementar a renda.
Auxílio é fonte de renda única para mais de um terço
Segundo uma pesquisa realizada pelo Datafolha, o auxílio emergencial é única fonte de renda para 36% das pessoas. Ou seja, com o fim do benefício, uma grande parcela da população não terá recursos suficientes para se sustentar.
Além disso, foi levantado pela pesquisa que a redução dos valores, de R$ 600 para R$ 300, já teve um grande impacto. 75% das famílias passaram a comprar menos comida por falta de dinheiro.
Governo é contra prorrogação
Apesar da insistência de muitos beneficiários, parlamentares, empresários e outros grupos da sociedade, o governo federal não pretende renovar o auxílio emergencial. De acordo com o Ministério da Economia, o foco estará em gerar empregos e retomar a economia em 2021, sem furar o teto de gastos.