Devido à redução do auxílio emergencial de R$ 600 para R$ 300, 75% dos beneficiários passaram a gastar menos com produtos alimentícios. É o que mostrou a nova pesquisa do Datafolha, realizada entre os dias 08 e 10 de dezembro de 2020. A margem de erro, com base nas 2.016 entrevistas por telefone, é de dois pontos percentuais.
Entre os brasileiros que receberam alguma parcela do auxílio emergencial, 51% informaram que a renda diminuiu durante a pandemia da COVID-19. O percentual de agosto era de 60%. Em termos gerais, o dinheiro do benefício foi a única fonte de renda para 36% das unidades familiares do país.
Dados sobre a redução do auxílio emergencial
Durante os questionamentos feitos por telefone, o Datafolha perguntou como a redução do auxílio emergencial afetou as economias dos entrevistados. O principal impacto foi a adesão de ações para reduzir os gastos mensais. Veja as medidas tomadas pelas unidades familiares:
- Reduziram a compra de alimentos: 75%;
- Diminuíram a aquisição de medicamentos: 65%;
- Promoveram cortes no consumo de água, luz e gás: 57%;
- Não pagaram as faturas associadas à casa: 55%;
- Gastos com transporte foram reduzidos: 52%;
- Não pagaram escola ou faculdade durante a pandemia: 51%;
- Com a redução do auxílio emergencial, buscaram outra fonte de renda: 27%.
De acordo com a pesquisa, 39% dos entrevistados pediram o auxílio emergencial. O governo, desde o início do programa, conseguiu transferir as parcelas para quase 70 milhões de brasileiros com baixa renda.
Conforme estimativas preliminares, R$ 322 bilhões foram gastos com os repasses do auxílio emergencial. Vale lembrar que o último calendário de depósitos termina neste mês de dezembro.