Nota de R$ 200 encalha e produção é menor do que esperado

No mês de agosto de 2020, o Banco Central (BC) lançou a nova nota de R$ 200 afirmando que era uma demanda necessária e prometeu um grande número de exemplares circulando. No entanto, em dezembro de 2020, a realidade é outra. A nota de R$ 200 encalhou e a produção é pequena, se comparado com […]

No mês de agosto de 2020, o Banco Central (BC) lançou a nova nota de R$ 200 afirmando que era uma demanda necessária e prometeu um grande número de exemplares circulando. No entanto, em dezembro de 2020, a realidade é outra. A nota de R$ 200 encalhou e a produção é pequena, se comparado com o que foi prometido.

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Vale lembrar que durante o lançamento, o BC afirmou que 450 milhões de unidades seriam impressas ainda no ano de 2020. A apresentação da nota de R$ 200 contou com a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto e outras autoridades, em uma live feita no YouTube.

No entanto, segundo dados da própria instituição, somente 43,7 milhões de cédulas estavam circulando na primeira quinzena de dezembro de 2020. O número representa cerca de 9,7% do que foi estipulado.

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Entre as justificativas para que a nota de R$ 200 tenha encalhado está o valor do auxílio emergencial, que caiu de R$ 600 para R$ 300. Além disso, apesar de não ter sido divulgado oficialmente, é bem provável que o BC superestimou a necessidade de uma nota com valor tão alto, em uma realidade na qual há um crescimento de pagamentos digitais.

No Brasil, oficialmente, circulam as cédulas de R$ 2, R$ 5, R$ 10, R$ 20, R$ 50, R$ 100 e R$ 200. A nota de R$ 1 foi “aposentada”, só havendo um valor igual em moeda. A nota de R$ 200 é cinza e tem como animal o lobo-guará.

STF pediu esclarecimentos na época do lançamento da nota de R$ 200

Na época do lançamento da nota de R$ 200, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pedir explicações ao BC sobre a necessidade da nova cédula. A instituição financeira respondeu que o novo valor era imprescindível por causa do auxílio emergencial e da pandemia provocada pelo novo coronavírus. Além disso, havia uma certa dificuldade de produção de novas notas pela Casa da Moeda.

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“Ante a imperativa e incontornável necessidade de fornecer papel moeda suficiente para atendimento às demandas da sociedade, em especial os esperados saques em espécie diretamente relacionados ao pagamento de auxílios e benefícios para a população mais vulnerável, a solução técnica compatível com a tempestividade exigida foi a produzir a combinação de numerário capaz de maximizar o valor monetário a ser produzido”, informou o BC.