Uma nova prorrogação do auxílio emergencial foi sugerida por meio de uma proposta apresentada nesta segunda-feira (14/12). O senador Alessandro Vieira (Cidadania – SE), autor da ideia, quer que o benefício seja pago até o dia 31 de março de 2021.
No caso, a ampliação faz parte do Projeto de Lei (PL) n° 5.495/2020 que propõe novos pagamentos de R$ 300 mensais para os beneficiários comuns e R$ 600 para mães solteiras. As regras seriam semelhantes às que foram aplicadas na extensão.
Prorrogação seria necessária para conter prejuízos econômicos
Segundo o senador, a nova prorrogação do auxílio emergencial seria fundamental para que famílias não ficassem desamparadas e não tivessem grandes perdas econômicas de forma súbita com o fim do benefício em 2020.
“A aprovação do auxílio emergencial foi um passo correto e essencial para darmos uma primeira resposta à crise que a pandemia acarreta, mas, para combatermos os prejuízos econômicos que se estendem, faz-se necessário prorrogar o prazo inicialmente previsto para o auxílio”, escreveu no texto da proposta.
“Da mesma forma, não podemos cogitar de subitamente retirar das famílias a renda que aqui garantimos. Enquanto o Parlamento trabalha para fornecer novos programas e soluções que garantam alguma segurança de renda às famílias vulneráveis à pobreza, é necessário criarmos um mecanismo que permita uma regressão lenta e controlada do auxílio emergencial, a fim de dar a esta população tempo e condições para que se reestabeleçam no mundo do trabalho”, justificou logo em seguida.
Governo é contra nova prorrogação do auxílio emergencial
O governo já afirmou mais de uma vez que é contra a nova prorrogação do auxílio emergencial. O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP-PR), falou sobre o tema em um evento com empresários.
“Bolsonaro tem um mantra que diz que não tem aumento de carga tributária, não tem prorrogação do auxílio emergencial e não tem fura-teto. Não vejo pressão nenhuma para a prorrogação do auxílio emergencial”, afirmou.
A Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado Federal já emitiu um levantamento, prevendo que uma possível renovação custaria cerca de 15,3 bilhões de reais aos cofres públicos caso parcelas de R$ 300 fossem pagas a 25 milhões de brasileiros.
O presidente Jair Bolsonaro já falou sobre o tema. “Eu sei que os R$ 600 é pouco para quem recebe, mas é muito para o Brasil. Tem que ter responsabilidade para usar a caneta BIC. Não dá para ficar muito tempo mais com esse auxílio porque o endividamento nosso é monstruoso,” disse Bolsonaro ao ser questionado sobre a probabilidade meses atrás.