A partir de dezembro de 2020, a Caixa Econômica Federal passará a liberar poupanças digitais para os beneficiários do Bolsa Família. As contas vão ser liberadas de maneira escalonada, com base no final do NIS (Número de Identificação Social). Em contrapartida, o saque dos benefícios ainda poderá ser efetuado pelo cartão Bolsa Família ou ‘Cidadão’.
A instituição bancária informou que as novas poupanças vão ser criadas para facilitar as movimentações dos repasses assistenciais. Todos os beneficiários do Bolsa Família vão ter direito de consultar saldos, emitir extratos e pagar boletos pelo aplicativo Caixa Tem.
A plataforma está disponível para celulares com sistemas Android e iOS. Vale lembrar que não haverá necessidade de entregar quaisquer documentos ou comparecer às agências da Caixa. Até porque as contas digitais vão ser criadas de maneira automatizada.
Benefício ainda poderá ser sacado com o cartão Bolsa Família
Feita a liberação das contas digitais, os beneficiários poderão movimentá-las por meio das seguintes opções:
- Maneira tradicional será preservada! Os beneficiários terão o direito de continuar usando o Cartão Bolsa Família ou o ‘Cidadão’;
- Para fazer compras por meio do cartão de débito virtual, que é gerado pelo app Caixa Tem;
- Para fazer compras em maquininhas de cartão ou por meio do QR Code;
- Para pagar contas de água, luz, gás e boletos (via app ou diretamente nas casas lotéricas).
Calendário para liberação das poupanças
Após a liberação das contas digitais pelo Caixa Tem, não será necessário criar nenhuma nova senha. Os beneficiários poderão usar o mesmo código do cartão Bolsa Família. Veja as datas em que as contas serão automaticamente criadas:
- Em dezembro de 2020: inscritos do Bolsa Família com NIS finais 0 e 9;
- Em janeiro de 2021: inscritos do Bolsa Família com NIS finais 6, 7 e 8;
- Em fevereiro de 2021: inscritos do Bolsa Família com NIS finais 3, 4 e 5;
- Em março de 2021: inscritos do Bolsa Família com NIS finais 1 e 2, além dos grupos populacionais específicos (indígenas, quilombolas, ribeirinhos, extrativistas, pescadores artesanais, comunidades tradicionais, agricultores familiares, assentados, acampados e pessoas em situação de rua).
Proposta poderá desmembrar Bolsa Família em três benefícios diferentes
Com o fim do auxílio emergencial, o governo brasileiro pretende ampliar os repasses assistenciais para as pessoas economicamente vulneráveis. Uma das novas propostas, elaborada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), diz respeito à criação de três novos benefícios para substituir o Bolsa Família. “Estamos terminando o ano sem resolver a questão emergencial”, justificou.
A iniciativa, denominada em ‘Lei de Responsabilidade Social’ (LRS), estabelece metas para a queda da pobreza durante os próximos três anos. Esse novo programa social, caso seja aprovado, será constituído de três benefícios específicos:
- Benefício de Renda Mínima (BRM): valor médio de R$ 230 por unidade familiar;
- Programa Poupança Seguro Família: será instituída uma espécie de “FGTS” para os trabalhadores de baixa renda, incluindo aquele com vínculos informais. Seriam depositados R$ 39 por mês, vinculados em até 15% do valor declarado na renda. O fundo deverá ser destinado aos trabalhadores que recebem até R$ 780 por mês; e
- Poupança Mais Educação: depósitos de R$ 20 por estudante matriculado na rede de ensino, enquanto sua família estiver recebendo o Benefício de Renda Mínima (BRM). A previsão é que o aluno, após terminar o nível médio, receba o valor total de R$ 3.253.