O governo federal pretende incluir 6 milhões de pessoas no Bolsa Família. A medida visa conter os impactos do fim do auxílio emergencial, programado para dezembro de 2020 e sem previsão de uma prorrogação.
Conforme o orçamento previsto para o ano de 2021, o Bolsa Família custará R$ 35 bilhões aos cofres públicos e atenderá 14,2 milhões de pessoas, com um valor médio de R$ 192,00 por pessoa.
Por outro lado, o auxílio emergencial atingiu 67 milhões com valores entre R$ 300,00 e R$ 600,00. Ou seja, há um número muito grande de pessoas que ficarão sem apoio financeiro a partir do ano que vem.
Para piorar, o desemprego no país atingiu o maior patamar desde o começo das medições. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a taxa foi de 14,4% na última medição, feita no mês de outubro.
Custos de incluir mais 6 milhões de pessoas no Bolsa Família
Agora, o governo vem trabalhando com a ideia de se arrumar recursos para poder incluir mais 6 milhões de pessoas no Bolsa Família. Para isso, existem tentativas de se convencer parlamentares a cortarem custos da União, como incentivos fiscais, salários de servidores, entre outras medidas.
No momento, a equipe econômica vem tentando estimar os custos necessários para a ampliação de pessoas e se também é possível aumentar os valores que cada beneficiário recebe por mês do governo.
Cartão vermelho para quem em Renda Cidadã
Anteriormente, o presidente Jair Bolsonaro pretendia criar o seu próprio programa de transferência de renda. O objetivo era ter um legado com seu nome e ao mesmo tempo se fortalecer para as eleições em 2022.
Com a ampliação do Bolsa Família, o presidente pretende abandonar de vez a criação de um novo programa social. Bolsonaro chegou a falar sobre o Renda Cidadã no dia 29 de novembro. “O que eu falei três meses atrás está valendo. Quem falar em Renda Cidadã, cartão vermelho”, disse depois de votar em uma escola da Vila Militar, na zona oeste do Rio de Janeiro.