Durante transmissão ao vivo promovida na última quinta-feira (03/12), o ministro de Minas e Energia afirmou que a privatização da Eletrobras é prioridade entre as pautas do governo federal. Bento Albuquerque também disse que a proposta será possivelmente encaminhada já em 2021. Desde o ano passado, o chefe da pasta tentava manter diálogo com os parlamentares para encaminhar o novo projeto de lei.
“Não diria a privatização, uma venda da Eletrobras, mas ela vai ser capitalizada e virar uma grande empresa de energia com participação de investirdes e isso é importante para que o país tenha o investimento necessário para que tenhamos mais segurança energética e melhor prestação de serviço aos consumidores”, explicou ao longo da live.
Nove estatais podem ser vendidas em 2021
Por intermédio da equipe econômica, o governo federal pretende privatizar nove empresas públicas em 2021, como os Correios e a Eletrobras. Todos os procedimentos para a venda precisam passar pela aprovação do Congresso, mas apenas a privatização da Eletrobras foi encaminhada ao Poder Legislativo.
A secretária do Programa de Parcerias de Investimentos, Martha Seillier, comentou sobre as expectativas para o ano que vem. “Mesmo que você tenha um deslocamento de meses e alguns projetos entrem em 2022, o importante é nosso compromisso de entregar todos os ativos e atrair parceiros privados para todos eles”, explicou em coletiva de imprensa.
O texto sobre a desestatização dos Correios, inclusive, já está quase finalizado. Conforme Seillier, o documento poderá ser enviado ao longo dos próximos dias. “PL dos Correios é importante para atrair parceiro privado”, disse. A pandemia ocasionada pela COVID-19, em 2020, atrapalhou os planos de Guedes para as privatizações. Por outro lado, o ministro já teria solicitado mais agilidade para garantir eficácia em 2021.
Privatização da Eletrobras
O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informou que a privatização da Eletrobras “tem tudo para ser aprovada em 2021”. De acordo com suas palavras, seriam necessários R$ 40 bilhões ao ano para investir no setor elétrico. O país, no entanto, acabou perdendo essa capacidade. “Nós precisamos de investimentos com controle, fiscalização. O que ocorreu no Amapá não vai ocorrer mais”, afirmou em live com o presidente Jair Bolsonaro.
Ele também destacou que os apagões no estado não possuem relação com a empresa privada e responsável pela distribuição de energia. “O que ocorreu com Amapá não tem a ver com empresa ser estatal ou privada. Isso está sendo apurado e vamos anunciar na próxima segunda-feira, depois da reunião do comitê de monitoramento do setor elétrico”.