Nesta terça-feira (01/12), o presidente Jair Bolsonaro falou sobre a possível extensão do auxílio emergencial. O presidente negou a possibilidade de novos pagamentos e classificou a ideia como “caminho certo para o insucesso”.
A fala ocorreu durante um encontro com o presidente paraguaio, Mario Abdo Benítez. Bolsonaro foi até Foz do Iguaçu, no Paraná, para visitar as obras de uma nova ponte entre os dois países. Além do presidente do Paraguai, ainda estava o governador paranaense, Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD).
“Alguns querem perpetuar tais benefícios. Ninguém vive dessa forma. É o caminho certo para o insucesso e temos que ter a coragem de tomar decisões. Ratinho, você como chefe do Executivo [local], tenho certeza que muitas vezes você fica preocupado, logicamente, com a decisão que vai tomar. Mas Marito, pior que uma decisão mal tomada é uma indecisão. Nós temos que decidir, temos que operar pelo nosso povo, pelo nosso país”, disse Bolsonaro.
Foco na geração de empregos
Bolsonaro deu a entender que o foco do governo está na geração de empregos. Segundo ele, há uma grande necessidade de criação de postos de trabalho no país. Em certo ponto ele chegou a falar sobre a necessidade de vagas.
“Vejo ali humildes funcionários, trabalhadores. Estão aí demonstrando felicidade em trabalhar. Nada mais dignifica o homem do que trabalho, Marito. É o que nós precisamos. Nós temos internamente os nossos problemas, ajudamos o povo do Brasil com alguns projetos por ocasião da pandemia, você fez o mesmo no Paraguai”, completou.
Extensão do auxílio só em caso de segunda onda
O governo trabalha atualmente com a possibilidade de renovação do auxílio emergencial somente em caso de segunda onda de coronavírus. O ministro da Economia, Paulo Guedes, chegou a falar sobre o tema.
“Deixamos bem claro para todo mundo. Se houver uma segunda onda no Brasil, temos já os mecanismos. Digitalizamos 64 milhões de brasileiros. Sabemos quem são, onde estão e o que eles precisam para sobreviver. Se uma segunda onda nos atingir, aí iremos aumentar mais os gastos […] Podemos filtrar os excessos e certamente usar valores menores”, afirmou Guedes.