Na última quinta-feira (26/11), o presidente Jair Bolsonaro comemorou o resultado positivo do último balanço sobre os novos empregos formais de 2020. O chefe do Executivo acredita que o país poderá terminar o ano com mais contratações do que em 2019, tendo em vista as estimativas divulgadas pelo Ministério da Economia.
“Se nós acreditarmos em projeções, vamos terminar o ano, no mês de dezembro, com mais gente empregada do que dezembro do ano passado. Isso atravessando uma pandemia”, disse Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Planalto.
A pasta da Economia, conforme dados elaborados pelo Caged, informou que a geração de empregos continua com saldo positivo. Em outubro de 2020, foram criadas 394.989 novas vagas formais (resultado do cálculo entre 1.548.628 admissões e 1.153.639 desligamentos). Esse resultado representa um recorde dentro da série histórica, que foi iniciada em 1992.
Empregos formais em 2020: Guedes admite desaceleração até o final do ano
No dia 23 de novembro, o ministro Paulo Guedes informou que haverá desaceleração no ritmo de empregos até o final de 2020. Ao menos 300 mil vagas vão ser provavelmente perdidas no mercado nacional. Levando em conta os saldos positivos dos últimos três meses (agosto, setembro e outubro), o número de novos vínculos empregatícios tenderá a cair.
“O Brasil criou empregos. Eu nem acredito que vá continuar nesse ritmo tão acelerado. É provável que dê uma desacelerada. Nós possivelmente vamos chegar ao fim deste ano perdendo 300 mil empregos”, Guedes afirmou em seminário virtual da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro).
O ministro afirmou que a recuperação da indústria brasileira, em grande parte, foi ocasionada pelo patamar atual do câmbio. “O juro bem mais baixo e o câmbio lá em cima. Isso está estimulando as exportações, protegendo os mercados locais contra exportações externas no meio dessa crise”, disse.