Na última quinta-feira (26/11), o presidente do Banco Central afirmou que os alimentos vão ficar mais baratos a partir de 2021. Roberto Campos Neto disse que o índice inflacionário chegou em seu auge e que, ao longo do próximo ano, ele tenderá a diminuir. Ainda segundo o representante do BC, o efeito da inflação não tem caráter permanente.
“Temos uma tendência mundial de alguns alimentos onde o preço foi transferido, que o preço internacional está caindo, então a gente entende que sim, alguns alimentos vão ficar mais baratos”, afirmou em entrevista para o SBT.
Alimentos devem ficar mais baratos em 2021, afirma presidente do BC
Roberto Campos Neto disse que o efeito na inflação é meramente temporário. Segundo o presidente do BC, o aumento no índice foi ocasionado por inúmeros fatores específicos, como a desvalorização do real e os repasses do auxílio emergencial.
“A inflação de alimentos, que chegou a um pico de 18%, vai voltar a cair. Dá para dizer, sim, que a parte de alimentação em domicílio tende a ter um ano melhor no ano que vem do que teve neste”, enfatizou.
Durante a entrevista, Campos Neto também afirmou que não teve propósito de criticar Paulo Guedes ao dizer, em ocasião anterior, que o país precisava de um plano mais preocupado com a “trajetória da dívida pública”. O presidente do Banco Central explicou que só estava reforçando a mesma aflição já informada pelo ministro da Economia.
“Não era uma crítica. Eu estava, na verdade, ecoando uma mensagem que tinha sido propagada pelo ministro e pela área de economia, né? Nós temos um pensamento muito parecido”, Campos Neto disse.