Na segunda-feira (16/11), o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, informou que o substituto do Bolsa Família está pronto e deve ser lançado no mês de dezembro. A citação foi feita durante evento no Palácio Guanabara.
O ministro informou que o programa social já tem orçamento próprio e deve atingir mais de 20 milhões de brasileiros considerados de baixa renda. “O programa já está pronto, foi todo trabalhado, já foi apresentado ao presidente, só falta o ok, e isso não tem a ver com a grana, até porque temos previsto para o ano que vem 34,8 bilhões de reais”, disse o ministro a jornalistas.
De acordo com Onyx Lorenzoni, uma das novidades do substituto do Bolsa Família será a introdução de quesitos de meritocracia para os assistidos, com o que o governo está chamando de “portas de entrada e saída”.
“Temos um programa hoje totalmente diferente de tudo que foi feito na América, é um programa inovador que passa muito pela experiência da digitalização vista no auxílio emergencial”, disse. “Vamos fazer um encontro entre quem precisa do emprego e que tem emprego a oferecer.”
O governo tentou o lançamento de um novo programa social, o Renda Cidadã, mas foi vetado após problemas quanto à fonte de financiamento.
Critérios do substituto do Bolsa Família em dezembro
O novo Bolsa Família deverá ser anunciado ainda em 2020. De acordo com o ministro da cidadania, o programa dará mais liberdade e autonomia e não terá viés político eleitoral. “Eles vão votar em que quiserem e não no candidato que montou o programa”, disse.
Além disso, antecipa que “tem muitas coisas para além do voucher e acho que no início de dezembro ele (Bolsonaro) nos autoriza a divulgar. A esquerda vai ter que bater palma”.
Recentemente, o Governo informou que estuda ampliar Bolsa Família com outros auxílios.
Saiba mais sobre o Bolsa Família
O Bolsa Família foi criado desde 2004 com objetivo de auxiliar as famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza, garantindo o acesso à saúde, educação, segurança alimentar e assistência social.
Os objetivos do Bolsa Família são:
- Auxiliar no combate da fome, além de promover a segurança alimentar e nutricional;
- Ajudar no combate da pobreza e outras formas de privação das famílias;
- Promover o acesso à rede de serviços públicos, em especial a saúde, educação, segurança alimentar e assistência social.
Famílias em situação de pobreza (renda por pessoa entre R$ 89,01 a R$ 178,00) ou extrema pobreza (renda por pessoa de até R$ 89,00 por mês) e que tenham em sua composição gestantes, nutrizes (mães que amamentam), crianças ou adolescentes entre 0 e 17 anos podem se beneficiar com o programa.