Uma nova proposta para o Bolsa Família 2021 deve ser apresentada em dezembro pela equipe do governo federal. Segundo o ministro da cidadania, Onyx Lorenzoni, uma das novidades do programa social será a introdução de quesitos de meritocracia para os assistidos.
Isso significa que o governo planeja criar dentro do programa o benefício de auxílio-creche (um incentivo para as crianças) e bônus para os bons estudantes que se destacarem nas áreas de ciências e tecnologia e atividades esportivas.
De acordo com estimativas, orçamento do Bolsa Família 2021 deve chegar a R$ 34,4 bilhões. A expectativa é de que 44,2 milhões de pessoas sejam atendidas com um benefício médio de R$ 202.
Bolsa Família 2021: auxílio-creche e Mérito Escolar
O governo pretende destinar R$ 5,1 bilhões para 8 milhões de crianças, sendo:
- Auxílio-creche mensal de R$ 52 por criança;
- Prêmio anual de R$ 200 para os melhores estudantes;
- Bolsa mensal de R$ 100, mais um prêmio anual de R$ 1.000 para alunos destaques em ciência e tecnologia; e
- Bolsa mensal de R$ 100, mais um prêmio anual de R$ 1.000 para alunos que se destacarem em atividades esportivas.
Chamado de Mérito Escolar, a ideia para o Bolsa Família 2021 é premiar 800 mil crianças e adolescentes da região Nordeste, 500 mil no Sudeste, 300 mil no Norte, 100 mil no Centro-Oeste e 100 mil no Sul, atingindo 1,8 milhão de estudantes, ofertando um prêmio anual de R$ 200.
Além disso, serão premiados 10 mil alunos que se destacarem em atividades ligadas à Ciência e Tecnologia e a mais 10 mil estudantes que se destacarem em atividades ligadas ao esporte. Os alunos premiados vão receber bolsa mensal de R$ 100, mais um prêmio anual de R$ 1.000.
Segundo Onyx, “Temos um programa hoje totalmente diferente de tudo que foi feito na América, é um programa inovador que passa muito pela experiência da digitalização vista no auxílio emergencial”, disse. “Vamos fazer um encontro entre quem precisa do emprego e que tem emprego a oferecer”, finalizou.
Financiamento para ampliação do programa
O governo federal realizou um empréstimo de US$ 1 bilhão junto ao Banco Mundial para financiar o Bolsa Família 2021.
Em 2020, devido à pandemia do novo coronavírus, o congresso nacional autorizou a realização de gastos acima do teto e dentro de um orçamento de guerra. Essa medida não deverá ser renovada para 2021.
O governo federal tentava o lançamento de um novo programa social, o Renda Cidadã, mas foi vetado após divergências quanto à fonte de financiamento. Em 31 de dezembro deste ano, o auxílio emergencial chega provavelmente ao fim. Por isso, o governo tem pressa para viabilizar um programa de renda que pague mais do que o Bolsa Família, para atender à população carente.