Os brasileiros economicamente vulneráveis já estão preocupados com suas perspectivas para o ano que vem. Com o fim do auxílio residual de R$ 300 e sem Renda Cidadã, os impactos da pandemia deverão ser sentidos com ainda mais intensidade. O cidadão Afonso Pimenta, para resolver o impasse, elaborou uma ideia legislativa com o objetivo de garantir uma nova prorrogação do auxílio emergencial até março de 2021.
A proposta popular visa ampliar o prazo dos repasses para mais três meses, no sentido de amparar os atuais beneficiários do programa governamental. Para a ideia ser levada adiante, é necessário que ao menos 20.000 internautas apoiem a iniciativa pelo portal e-Cidadania, do Senado Federal.
Nova prorrogação do auxílio emergencial
Uma eventual prorrogação do auxílio emergencial já estava sendo discutida no início de outubro de 2020. Na época, a comissão mista avaliou os gastos com o cenário de pandemia e sinalizou uma possível extensão do estado de calamidade pública. Vanderlan Cardoso (PSD-GO), que faz parte da base aliada do governo, é um dos senadores que apoia a iniciativa.
A proposta ganhou força entre diversos parlamentares da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Entretanto, Vanderlan Cardoso admite que a medida não está prevista pelo governo brasileiro. “Eu acredito que vai se estender por pelo menos mais dois ou três meses, pelo menos no início do ano. Essa pandemia até o fim do ano não vai diminuir assim, e o decreto é o caminho”, afirmou durante debates sobre o assunto.
Guedes já condenou a prorrogação de novas parcelas para 2021
O ministro da Economia já havia afirmado que não existe possibilidade de uma nova prorrogação do auxílio emergencial. Apesar disso, defendeu uma brecha no orçamento se ocorrer uma segunda onda de COVID-19 no país.
“Se a COVID voltar em 2021, é diferente. Mas é totalmente indesculpável usar uma doença para pedir estímulo artificial. Isso é uma fraude, é falso, é indesculpável, é má política. É comprometer a futura geração por um ato covarde”, disse Paulo Guedes em ocasiões anteriores.
O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM RJ), também já se posicionou contra a extensão do benefício em 2021. “Nenhum desses assuntos será pautado na Câmara até primeiro de fevereiro. O governo que esqueça isso”, afirmou.