O Governo Federal planejava a criação de um novo programa, que seria o substituto para o Bolsa Família, e atenderia mais pessoas pelo Brasil. Contudo, o governo desiste de Renda Cidadã e planeja, após o fim do auxílio emergencial, a ampliação do Bolsa Família.
Essa informação foi dada por integrantes do alto escalão do governo. Assim, o Bolsa Família, que atualmente atende 14,2 milhões de famílias, deverá ser ampliado para mais pessoas a partir de 2021.
O objetivo do Governo Federal, com a criação do Renda Cidadã, era de incluir mais beneficiários e pagar um valor maior que o atual Bolsa Família.
Governo desiste de Renda Cidadã
Pelo menos por enquanto parece mesmo que o governo desistiu do projeto do Renda Cidadã. O grande empasse atual é que pelo menos três milhões de famílias vão precisar de assistência a partir de janeiro de 2021. Essa parcela não está inserida no programa Bolsa Família e vem recebendo o auxílio emergencial. O benefício concedido durante a pandemia, atende mais de 67 milhões de pessoas a um custo de R$ 590 bilhões até o fim do ano.
Pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro afirmam que ele não trabalha com a possibilidade de renovar o auxílio emergencial, hoje em R$ 300 e que termina em dezembro de 2020. Fontes especulavam que o auxílio seria ampliado até março de 2021, mas a informação ainda não foi confirmada.
Para a nova proposta caber no orçamento, a intenção do ministro da Economia, Paulo Guedes, era extinguir outros programas sociais, como o abono salarial, e direcionar os recursos para o Renda Cidadã.
Prorrogação do auxílio emergencial
O governo federal analisa a prorrogação do auxílio emergencial, que poderia ser pago até março de 2021. Caso seja aprovada, o benefício deve ser menor. A ideia é que, com a prorrogação das parcelas, o benefício fique entre R$ 200 e R$ 300.
A expectativa é de que o benefício possa ser concedido entre os meses de janeiro e março de 2021. Essa proposta é resultado de dificuldades na definição do projeto Renda Cidadã. O programa seria um substituto permanente para ajuda de emergência e iria extinguir o Bolsa Família.
O ministro da economia, Paulo Guedes, já havia afirmado anteriormente que não haveria prorrogação do auxílio emergencial. Apesar disso, defendeu a possibilidade de uma brecha no orçamento caso houvesse novas ondas de coronavírus no Brasil.
“Se uma nova onda voltar em 2021, é diferente. Mas é totalmente indesculpável usar uma doença para pedir estímulo artificial. Isso é uma fraude, é falso, é indesculpável, é má politica. É comprometer a futura geração por um ato covarde”, disse o ministro sobre uma possível prorrogação do auxílio.