Por Alexandre de Carvalho*
A pandemia da COVID-19 trouxe uma crise econômica mundial sem precedentes, levou muitas empresas a cortarem seus funcionários e outras tantas viram suas reservas irem embora tentando manter seus negócios. Porém, do outro lado, os boletos e contas a pagar continuaram chegando e cada um teve que buscar alternativas para se manter.
Para se ter uma ideia da situação, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou em agosto que o Brasil atingiu o maior patamar da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). Iniciado em maio, o levantamento mostra o número em termos de desempregados, com um total de 13,7 milhões de desocupados.
Diante desse cenário, uma alternativa que muitos brasileiros encontraram para driblar o desemprego foi a abertura de seus próprios negócios no formato de MEI (microempreendedor individual). Dessa forma, o Governo brasileiro viu a quantidade de registros aumentar no decorrer dos meses e atingir a atual marca máxima de quase 11 milhões de empresas individuais, registradas no Portal do Empreendedor.
Na minha opinião, a crise trouxe ao brasileiro, o MEI como porta de entrada para o empreendedorismo no país, que já estava vindo em uma crescente. Por isso, é importante que o empresário entenda que o lucro não é garantia, é preciso organização e dedicação. É importante saber que há regras para se formalizar, cobrança de imposto mensal e obrigatoriedades para não perder seu CNPJ.
Em contrapartida, os principais motivos para você tirar seu projeto do papel são a independência financeira, flexibilidade, benefícios e trabalhar com algo que sempre sonhou. Tenha em mente que este é um mercado em ascensão no Brasil e que há um mundo de possibilidades profissionais.
Por fim, é importante ressaltar que a formalização sempre é o melhor caminho para o trabalhador, que muitas vezes vive na informalidade, sem benefício algum, como no caso de profissionais autônomos da área da beleza, faxina e construção civil. O MEI pode ser não só uma alternativa ao desemprego, mas à formalização, além de trazer a possibilidade de conquistar uma renda extra, com venda de alimentos para fora ou comercialização de vestuário, por exemplo.
Alexandre Carvalho é contador há mais de 20 anos e um dos fundadores de Easymei, aplicativo de auxílio e gestão para microempreendedores.