Vários setores da economia já foram afetados durante a pandemia do coronavírus no Brasil. Dessa vez, os hospitais privados e filantrópicos já registram uma queda de até 90% com o cancelamento de exames e cirurgias eletivas. Por isso, os hospitais preveem demissões.
A categoria já contabiliza o montante de perdas e, algumas medidas já estão sendo adotadas, como por exemplo, instituições que deram férias coletivas e estão dispensando funcionários. Algumas delas, amargam prejuízos que podem levar ao seu fechamento a partir de maio.
Para controlar esse prejuízo e evitar maiores consequências, o setor vem buscando linhas especiais de financiamento junto ao BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento). Além disso, vem negociando com os planos de saúde, o repasse de parte da receita recebida caso estivessem atendendo de forma normal.
De acordo com a FBH (Federação Brasileira dos Hospitais), que representa 4.000 hospitais no país, o faturamento do setor é de R$ 83,7 bilhões, sendo que 82% são pagos por operadoras de saúde. Por isso, alguns hospitais menores não tem condições de fechar o mês de abril com saldo positivo.
Apesar disso, o maior impacto ainda não será sentido neste primeiro momento, mas poderá ter piores consequências a partir de 15 de maio, já que os planos de saúde levam 45 a 60 dias para repassar os pagamentos.
Hospitais preveem demissões
O setor trabalha hoje com 30% a 40% da capacidade e também busca linhas de crédito para a folha de pagamento dos empregados. A expectativa é de que a oferta de crédito oferecida pelo Ministério da Economia seja estendida para o setor, e assim poder assegurar os empregos.
De acordo com estimativas, os hospitais estão atuando com apenas 10% da sua capacidade, até fevereiro a taxa girava entre 75% e 80%.
Essa queda representa aproximadamente 85% da receita do setor e, sem ela, vários pequenos e médios hospitais preveem demissões e, pior do que isso, pode representar o fechamento do estabelecimento.