A palavra “karma”, que também pode ser escrita “carma”, é frequentemente utilizada quando queremos nos referir a algo que acontece como uma espécie de castigo decorrente de escolhas erradas. Por isso, é comum ouvirmos frases como “seu ex voltou a procurar por você? que carma, hein!”.
Com origem no sânscrito, “karma” é uma palavra que se refere a uma ação ou a um ato deliberado. O termo é frequentemente utilizado nas religiões orientais, especialmente no budismo, no hinduísmo e no jainismo. No Ocidente, foi popularizada pelo espiritismo.
Se voltarmos à origem etimológica da palavra, “karma” pode significar também algo como “movimento” ou “força”. Com o tempo e a popularidade de seu uso, porém, “karma” passou a ser sinônimo de “lei”, “ordem” e até de “castigo”, embora não se possa entender o verbete sempre dessa forma em suas culturas de origem.
De forma geral, pode-se dizer que o karma indica o fato de que toda pessoa vivenciará as consequências de seus atos. A palavra está, portanto, totalmente relacionada com a noção de causa e consequência.
Na Índia, especialmente, a ideia de karma não tem relação com sentimentos de castigo ou culpa, ainda que seja utilizada para ilustrar as consequências dos comportamentos de cada indivíduo na sociedade.
Para os budistas, a palavra “karma” é frequentemente utilizada como uma espécie de lembrete de que as pessoas devem pensar e agir de forma correta.
A lei do Karma
Karma e destino são definições diferentes, ainda que sejam confundidas com certa frequência. A chamada “lei do Karma” diz respeito às consequências das ações dos seres humanos, que estão conectados com a natureza e com os outros animais na Samsara.
A Samsara nada mais é do que o ciclo natural de vida, morte e renascimento, por isso, de acordo com a lei do Karma, todas as pessoas têm a experiência de reviver as próprias ações, sejam elas positivas ou negativas.
O karma não se assemelha ao conceito de destino justamente porque, nesse segundo caso, existe a crença de que todas as coisas estão predeterminadas. Para o karma, por outro lado, o que pode influenciar a vida futura de uma pessoa são as suas escolhas e suas ações, e não o destino.
Basicamente, conforme a lei do karma, quando temos uma atitude considerada negativa, sofreremos também as consequências negativas. A lógica funciona também do outro lado e, por isso, ao agirmos de forma positiva, teremos consequências benéficas.
O fato de uma pessoa ter um karma bom ou ruim tem a ver, então, com as ações que o indivíduo teve ao longo da vida. Para os que acreditam nessa lei, ela é absolutamente imutável e universal — em outras religiões, podemos traçar um paralelo entre a lei do karma e a ideia da chamada “justiça divina”, por exemplo.