Em primeiro lugar, estima-se que os mares e oceanos cobrem cerca de 70% da área do planeta Terra. No entanto, você sabe por que a água do mar é salgada? Antes de mais nada, para entender essa questão é fundamental conhecer mais sobre a formação desses corpos d’água.
Sobretudo, entender como a salinização dos mares aconteceu permite conhecer mais sobre a formação geológica da Terra e o surgimento da vida orgânica. Curiosamente, a maior parte do sal no mar é proveniente de rochas, diferente do que muitos pensam quando tomam um banho na praia. Saiba mais a seguir:
Por que a água do mar é salgada?
A princípio, a composição química do sal que se utiliza na cozinha é proveniente da junção de cloreto de sódio, sendo que o sódio é o íon positivo e o cloreto é o íon negativo. Por via de regra, quando átomos com cargas de opostas se atraem, acontece a formação de compostos químicos.
No geral, ambas substâncias estão presentes na salinidade do mar, mas diversos outros íons também. Este é o caso do magnésio, cálcio e potássio, por exemplo. Como citado anteriormente, a maior parte dessas substâncias químicas deriva das rochas localizadas na terra.
Portanto, grande parte do sal do oceano e dos mares surge das rochas. O dióxido de carbono faz parte do ciclo hidrológico, de modo que seja dissolvido na água da chuva e torne-a ácida, o suficiente para erodir as rochas que entra em contato na superfície terrestre.
Como consequência, os minerais se desprendem dessas rochas e percorrem um caminho até os rios e córregos, também alterando a acidez dessas formações naturais. Posteriormente, o ciclo hidrológico prossegue até que essa água da chuva, misturada com a água dos rios, alcance os oceanos.
Em números mais específicos, estima-se que 85% dos íons do oceano são compostos por sódio e cloreto, mas substâncias como o magnésio, sulfato, potássio e cálcio representam aproximadamente 10%.
Sobretudo, o contínuo escoamento das substâncias por meio das chuvas e da erosão das rochas permite que a salinidade permaneça constante e em equilíbrio nos oceanos. Contudo, existem outras fontes para a concentração de sal nos mares, por conta dos fluidos hidrotermais.
Nas camadas mais profundas do oceano, existem aberturas que são aquecidas pelo magma, localizado abaixo da camada da crosta terrestre. Esse aquecimento é suficiente para provocar uma série de reações químicas entre a água do mar e os minerais das rochas localizadas no solo oceânico.
E como os animais sobrevivem nessas condições?
Basicamente, muito do sal do oceano é consumidor por animais, pois a substância faz parte da alimentação e ciclos de vida oceânica. Entretanto, a salinidade e concentração dessa substância variam de acordo com diferentes fatores.
Além disso, essas espécies possuem adaptações para manter a concentração de sais nos fluidos corporais em uma quantidade adequada, até para equilibrar as funções orgânicas quando em contato com diferentes substâncias no oceano. Sobretudo, a osmorregulação é a principal ferramenta para esse controle.
Em resumo, a osmorregulação consiste em um processo de controle do volume celular ou da massa corporal em um organismo, em relação à quantidade de água. Portanto, é uma forma de encontrar o equilíbrio com o sal do oceano, mas também com outras substâncias localizadas no meio.
Para evitar a perda de água e o excesso de sal no organismo, alguns animais bebem água do mar e realizam a filtragem da concentração de sal, eliminando-a por meio do processo digestivo. Neste caso, existe uma adaptação biológica com células especiais que secretam o excesso de sal.
Mais ainda, espécies oceânicas tendem a excretar uma urina concentrada, o que ajuda na limpeza do organismo por meio da função dos rins. Além dos animais, estima-se que as plantas realizem osmorregulação, mas não possuem estruturas especializadas nesse processo.
Para sobreviver à salinidade do mar, espécies de algas utilizam dos estômatos para se equilibrar com o ambiente, por meio da evapotranspiração. Ou seja, pela transpiração vegetal somada à evaporação de água.