Ainda que pareçam tufos de algodão no céu, as nuvens possuem um peso específico que vai além de um amontoado de moléculas de água. Sendo assim, há uma enorme quantidade de massa concentrada nas formações observadas a olho nu pelos seres humanos.
Apesar disso, a dúvida sobre o peso exato é comum, principalmente porque as nuvens são feitas de condensação de vapor d’água. Dessa forma, como poderia uma estrutura que não é solida ter peso ou formato? Saiba mais a seguir:
Quanto pesam as nuvens do céu?
Em primeiro lugar, o peso da nuvem deriva da massa coletiva das moléculas de água agregadas. Basicamente, as nuvens são formadas por pequenas gotas de água que se juntam, como acontece no banheiro após um banho quente e longo.
No geral, a densidade das moléculas de água afeta diretamente o peso de uma nuvem. Portanto, pode-se dizer que diferentes tipos de nuvens possuem diferentes pesos. Atualmente, a Meteorologia Física estima que existem 10 tipos de formações dessa natureza, são elas:
- Cirrus;
- Cirrocumulus;
- Cirrostratus;
- Altocumulus;
- Altostratus;
- Nimbrostratus;
- Stratocumulus;
- Stratus;
- Cumulus;
- Cumulonimbus.
Em resumo, a Meteorologia Física é o ramo que estuda os processos físico-químicos, estrutura e a composição da atmosfera terrestre. Dentro dessas grandes áreas, existem estudos voltados à precipitação e formação de nuvens, eletricidade atmosférica, radiação e transferência de calor.
Através dessa área do conhecimento, pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica dos Estados Unidos conseguiram calcular a densidade de uma nuvem cumulus. Sobretudo, essas são as nuvens que possuem contornos nítidos e se formam em baixas altitudes, sendo avistas cotidianamente.
De acordo com os pesquisadores, uma nuvem cumulus possui uma densidade de 0,5 gramas de água por metro cúbico. Seguindo essa proporção, uma nuvem de 1 quilômetro cúbico de largura teria 1 bilhão de metros cúbicos.
Ao multiplicar o número de metros cúbicos pela densidade, o resultado aponta que uma nuvem cumulus nessas dimensões teria 500 mil quilos. Em comparação, estima-se que o Airbus A380, o maior do mundo para voos comerciais de passageiros, pese 267 mil quilos quando está vazio.
Então como as nuvens flutuam?
Acima de tudo, a flutuação das nuvens decorre de um fenômeno de dispersão do peso em uma área grande. Como consequência, a massa em qualquer lugar fica reduzida, como acontece no interior dessas formações atmosféricas.
Ademais, as gotículas de água são tão pequenas que a gravidade não atuam com intensidade sobre elas. Curiosamente, estima-se que o ar seco é mais denso que uma nuvem, de modo que elas consigam se acomodar confortavelmente nas correntes de ar sem serem rompidas ou atravessadas.
Em uma perspectiva técnica, as nuvens são definidas como aglomerados de gotículas de água e pequenos cristais de gelo que estão suspensos no ar. A formação desses fenômenos fazem parte do ciclo hidrológico, especificamente ao momento em que o vapor d’água ascende na atmosfera.
Posteriormente, há uma condensação desse vapor de água por conta da queda de temperatura, à medida que a altitude aumenta. Desse modo, a classificação de nuvens acontece justamente pela aparência e pela altitude em que é visualizada ou formada.
Como as nuvens se formam?
Como citado anteriormente, as nuvens fazem parte do ciclo hidrológico. Em específico, são formadas através da ascensão de massas de ar rumo à atmosfera e posterior condensação do vapor d’água.
Quando essa massa de ar se eleva, há um contato com áreas de menor pressão atmosférica, criando uma expansão. Para que a expansão ocorra, require-se uma quantidade de energia, que costuma ser retirada da própria camada de ar em ascensão e causa uma queda da temperatura.
Através dos núcleos de condensação, ou seja, a parte da nuvem em que o vapor de água se condensa, a água sai do estado gasoso para o estado líquido. Assim, são formadas pequenas partículas de gelo e gotículas de água.
Por fim, a nuvem é formada. Posteriormente, caso esses elementos passem por aglutinação ou ganhem peso, poderão retornar à superfície terrestre através de uma precipitação. Neste caso, estão incluídos os fenômenos da chuva, neve ou granizo.