Uma boa notícia em tempos de coronavírus (COVID-19). Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um respirador que é 15 vezes mais barato do que o comum, vendido no mercado. Para se ter ideia, um aparelho pode custar até R$ 15 mil. O novo respirador desenvolvido na universidade custa R$ 1 mil para ser produzido.
Além disso, sua produção é extremamente rápida, levando pouco menos de duas horas para uma unidade ficar pronta.
O respirador, conhecido também como ventilador pulmonar emergencial, foi desenvolvido por engenheiros da Escola Politécnica (Poli) da USP. Após vários testes técnicos, o aparelho foi aprovado e agora foi encaminhado para a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Se passar, poderá ajudar no combate ao vírus.
É válido ressaltar que mesmo com a aprovação da Anvisa, a USP não será a responsável por produzir os respiradores. Entretanto, outras empresas poderão produzi-los em larga escala já que o projeto tem licença de uso aberta.
Preocupação com respirador
Os respiradores são um dos aspectos mais preocupantes sobre a pandemia de coronavírus. A COVID-19 costuma atacar o sistema respiratório da pessoa contaminada. Em casos graves, provoca falta de ar, sendo necessária uma ajuda mecânica
Porém, no Brasil, existe um grande déficit de respiradores. Algumas unidades de saúde nem possuem o aparelho. E com a grande quantidade de pessoas contaminadas, a demanda só aumenta.
No momento, acredita-se que o Brasil tenha cerca de 60 mil respiradores disponíveis. É preciso lembrar que estes aparelhos não são usados somente para quem está com COVID-19.
Ao mesmo tempo, o Brasil vem sofrendo com a concorrência internacional. Os Estados Unidos vêm comprando aparelhos e outros itens de saúde em grande quantidade, principalmente da China. Por conta do seu poderio aquisitivo, os americanos conseguem obter uma quantia maior e mais rápida.
Números do coronavírus
Até o dia 27 de abril, o Brasil já registrou mais de 66 mil casos do novo coronavírus e 4,5 mil mortes. No mundo, mais de 200 mil perderam suas vidas, sendo que cerca de 3 milhões já foram contaminados.