O Brasil é um país imenso e extremamente rico, em diversos aspectos. Um deles com certeza é a nossa língua, cheia de beleza e de peculiaridades. Conversar com um gaúcho é diferente de conversar com um mineiro e também com um baiano, afinal cada região do país é marcada por um sotaque único.
Se analisarmos todos os sotaques existentes no país, percebemos rapidamente que as variações são enormes! Carioca, paulista e nordestino, por exemplo, são parecidos em alguns aspectos, mas totalmente distintos em outros. E como será que começou tudo isso? Você sabe?
A origem da Língua Portuguesa
A Língua Portuguesa é derivada do latim e surgiu onde hoje é Portugal. Foi espalhada para outros lugares devido às Grandes Navegações e, atualmente, é o quinto idioma mais falado em todo o mundo.
Além do Brasil, a Língua Portuguesa é oficial também em outros países, como Portugal, Angola, Moçambique, Timor Leste e Cabo Verde. Aqui em nosso país, o português foi implementado primeiramente na região do Nordeste, onde Pedro Álvares Cabral fez seu primeiro aporte — antes de falarmos português, os povos nativos brasileiros, que eram os indígenas, tinham mais de 1.200 línguas próprias.
Para os indígenas da época, foi muito difícil aprender o novo idioma, até mesmo porque a pronúncia de algumas letras era algo totalmente novo — o “r” foi uma das grandes dificuldades, gerando o retroflexo, que chamamos popularmente de “r caipira”.
O sotaque nordestino é, portanto, diretamente ligado ao sotaque português de Portugal e, com o passar dos anos, teve influências também dos povos franceses.
Gírias nordestinas
Os nordestinos, além do belíssimo sotaque, têm também um leque de gírias próprias. Algumas são conhecidas em outras regiões do Brasil, mas outras ainda não ficaram tão populares. Veja, a seguir, algumas das gírias nordestinas:
- Abestado: Bobo;
- Alma sebosa: Pessoa ruim;
- Baratinado: Pessoa sem rumo;
- Caça Rato: Pessoa que se envolve com quem não presta;
- Morgado: Desanimado;
- Pala: Mentira;
- Arenga: Briga, confusão;
- Ariado: Perdido;
- Baixa da égua: Lugar distante;
- Caçar conversa: Arrumar confusão.