A expressão bode expiatório é comumente usada para definir uma pessoa inocente sobre a qual recaem a responsabilidade, ou a culpa, por ações de terceiros. Além disso, normalmente, esse azarado não consegue comprovar sua inocência e acaba sendo condenado por algo que não possui qualquer relação.
Antes de irmos para a origem histórica, vamos só entender as palavras: bode é o animal mesmo, já expiatório se refere a alguém que serve para sofrer as consequências por algo, para sofrer penitência ou para aplacar a ira de alguma divindade.
Origem da expressão
Mesmo que muita gente não saiba, o bode expiatório faz referência a algumas passagens bíblicas. Em Levítico aparece o “Dia da Expiação” no qual os hebreus faziam diversos rituais para purificar a nação, uma dessas cerimônias era um ato religioso no qual se utilizavam dois bodes.
Por sorteio, se escolhia um para ser sacrificado juntamente com um touro e usavam o sangue para marcar as paredes do tempo. O que sobrava era o “bode expiatório” e seria utilizado para, simbolicamente, carregar todos os pecados da comunidade.
Para terminar o ritual, um sacerdote levava suas mãos até a cabeça do animal (que não tinha culpa de nada) para que carregasse todos os pecados do povo hebreu. Em seguida, o bode era abandonado no deserto para que toda a maldade e a influência dos demônios ficassem bem longe.
Esse rito judaico não é mais realizado há muito tempo, mas a expressão ganhou popularidade e até hoje é usada para mostrar alguém inocente sendo responsabilizado pela culpa dos outros.
Outra coisa interessante é que o dito popular não existe só em português: em italiano é capro espiatorio, em alemão sündenbock, em inglês scapegoat e em francês bouc émissaire.