O senador baiano Ângelo Coronel (PSD) conseguiu aprovar, no Senado, o projeto de lei 4.028/2019, que poderá criar o Dia Nacional de Santa Dulce dos Pobres. A homenagem à santa canonizada pela Igreja Católica Apostólica Romana, em 2019, deverá ser realizada em todo dia 13 de agosto.
- Black Friday do McDonald’s tem Big Mac por R$ 0,90
- Nubank: saiba como ajustar ou aumentar o limite do cartão de crédito
O projeto seguirá para a aprovação da Câmara dos Deputados, mas o senador que apresentou o PL está confiante na aprovação. Inicialmente, a proposta previa um feriado nacional. Porém, conforme informações do G1, o senador voltou atrás e instituiu apenas o dia Nacional de Santa Dulce dos Pobres.
Também foi modificada a data anteriormente prevista: de 13 de março para 13 de agosto. Até porque a Igreja Católica já considerava a data como o dia dedicado à santa. O projeto chegou a ser aprovado pela Comissão de Educação. Lembrando que o Brasil possui cinco feriados nacionais de origem católica, são eles:
- Paixão de Cristo;
- Corpus Christi;
- Nossa Senhora Aparecida;
- Dia de Finados; e
- Natal.
De acordo com o relator do projeto, Flávio Arns (Podemos-PR), e o próprio senador Ângelo Coronel, o motivo da desistência do feriado nacional seria evitar impactos econômicos. A data de 13 de agosto marca o dia em que a irmã Dulce se tornou freira.
Sobre Irmã Dulce
A freira soteropolitana nasceu e foi batizada com o nome de Maria Rita de Sousa Brito Lopes Pontes, filha da dona de casa Dulce Maria de Souza Brito e do dentista e professor da Universidade Federal da Bahia – UFBA, Augusto Lopes Pontes.
Aos 13 anos, já manifestava o desejo de dedicar-se à vida religiosa e ajudar as pessoas carentes. Já fazendo caridade em sua própria casa e concluindo o curso de professora, irmã Dulce foi aceita na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, no estado de Sergipe.
Em 13 de agosto de 1933, tornou-se freira sob o nome de irmã Dulce quando tinha 19 anos de idade. No ano seguinte, Dulce voltou à Salvador, onde deu aulas gratuitas em comunidades e começou a promover obras de caridade por toda a cidade.
Após ocupar casas abandonadas para abrigar doentes, famintos e toda espécie de pessoas carentes, e ser expulsa da maioria, a irmã Dulce transformou o galinheiro do Convento de Santo Antônio em um albergue. Mais tarde, esse local se transformaria no famoso Hospital de Santo Antônio.
Uma curiosidade sobre a irmã Dulce é que, por 30 anos, ela dormiu numa cadeira de madeira, cumprindo uma promessa feita para que a irmã Dulcinha sobrevivesse a uma gravidez de alto risco. A santa foi beatificada em 2011 e, após a igreja reconhecer o segundo milagre atribuído à freira, ela foi canonizada.