Em nota, a Associação Nacional dos Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ascema) informou que a saída de Salles não necessariamente provocaria mudanças na política ambiental do país. Os servidores acreditam que a eleição do democrata Joe Biden, nos Estados Unidos, pode ajudar a pressionar a troca do ministro do Meio Ambiente.
No entanto, o projeto atual continuaria sendo implementado. “Nós não acreditamos que uma eventual saída do ministro, condenado em 1ª instância, Ricardo Salles provoque uma mudança substancial na política de meio ambiente do governo Bolsonaro”, explicou em nota divulgada na última quinta-feira (05/11).
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Eleição de Joe Biden e discurso contra desmatamento na Amazônia
A Ascema também destacou o discurso incisivo de Biden contra o desmatamento na Amazônia. O democrata já afirmou, em pronunciamentos passados, que poderá impor sanções ao governo brasileiro se a política ambiental não for modificada.
“Portanto, é fundamental que o Brasil retome e fortaleça sua política ambiental, para que possamos recompor nossa imagem junto à comunidade internacional e garantir nossa soberania e, acima de tudo, efetivar nosso mandamento constitucional do meio ambiente de qualidade para todos”, a entidade argumentou.
“Tchau Salles”: movimento pede saída de Salles da pasta do Meio Ambiente
Um movimento nacional, que pede pela saída de Salles, ganhou ainda mais força em setembro de 2020. Na época, o atual gestor do Ministério de Meio Ambiente tentou flexibilizar a proteção de manguezais e restingas. O número de assinaturas, que foi criada em julho pela Climainfo e mais 22 entidades, passou de 120 mil para 210 mil. Atualmente, a campanha já passou de 280 mil assinaturas.
Além disso, após a repercussão negativa das duas resoluções de Salles, a Justiça Federal do Rio de Janeiro acabou decidindo suspendê-las por tempo indeterminado. Ambas as normativas extinguiriam instrumentos de proteção ambiental, com o argumento de que elas foram abarcadas por leis que vieram depois.