A nova Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio (Pnad), feita pelo IBGE, para medir os impactos da pandemia de COVID-19 no Brasil mostrou que 14 milhões de brasileiros estão desempregados. O número é o maior desde o início da crise causada pelo novo Coronavírus. Novo levantamento será o último em formato semanal feito pelo órgão.
A Pnad foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira (16), com esse número de desempregados a taxa que mede o fator no país chegou a 14,4%. Na última pesquisa, o percentual era de 13,7% e o número de brasileiros em busca de trabalho era de 13,1 milhões.
Cálculo da taxa de desemprego
O instituto não considera as pessoas que não possuem um trabalho, mas sim quem está em busca de um emprego. A Pnad calcula somente às pessoas que estão saindo em busca de um trabalho remunerado e, consequentemente, deixando o isolamento social.
Segundo Marcia Lucia Vieira, coordenadora da Pnad, “as informações sugerem que mais pessoas estejam pressionando o mercado em busca de trabalho, em meio à flexibilização das medidas de distanciamento social e à retomada das atividades econômicas”.
População empregada
Cerca de 83 milhões de brasileiros estão empregados, informa a pesquisa. O número se mostra estável se comparado com a terceira semana do mês passado. Baseado nos dados, mais de 2 milhões de cidadãos brasileiros saíram do distanciamento social em busca de trabalhos.
“Vínhamos observando, nas últimas quatro semanas, variações positivas, embora não significativas da população ocupada. Na quarta semana de setembro a variação foi negativa, mas sem qualquer efeito na taxa de desocupação”, esclareceu Márcia Vieira.
Último boletim sobre desemprego no Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ainda informou que essa Pnad semanal, realizada para averiguar os impactos da COVID-19 no Brasil, foi a última. A partir de agora os dados, coletados por ligações telefônicas, serão divulgados de maneira mensal.
Pesquisas anteriores
Na pesquisa divulgada na semana anterior pelo IBGE, o número de brasileiros desempregados era de 13,1 milhões. Gerando um índice relativo de 13,8%, uma marca histórica para a Pnad que foi ultrapassada agora. Em abril, esse número estava em 12,6%, e em janeiro, 11,2%. De acordo com o instituto na época, o número de brasileiros com ocupação laboral havia caído de 94,2 milhões, antes da pandemia, para a quantidade de 82 milhões.
O número de latino americanos sem ocupação laboral chegou a 34 milhões, segundo informações da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Com isso, a região ocupada por Brasil e seus vizinhos tinha a maior taxa de desemprego – registrada na pandemia – do mundo todo.