A Caixa Econômica Federal liberou para saque a quantia de até R$ 1.045,00 do FGTS para trabalhadores com contas ativas e inativas no fundo. A partir de escalonamento, feito de acordo com o mês de nascimento, o contribuinte tem direito a retirar a quantia por meio do aplicativo Caixa Tem. Mas a operação — que é mais uma medida contra os efeitos da crise econômica causada pelo coronavírus — foi alvo de golpes.
O desfalque financeiro, segundo relato de vítimas ao jornal Estado de Minas, é feito da seguinte forma: golpistas baixam o aplicativo Caixa Tem (disponível para Android e IOS) e cadastram o CPF de outras pessoas junto a um novo e-mail — esses dados são roubados de grandes bancos da internet. Por agirem mais rápido que as pessoas, quando o verdadeiro dono do CPF se cadastra, ele tem o acesso negado por já ter um cadastro com aquele número.
Especialistas recomendam que o usuário fique atento a sua conta bancária e certifique-se de que não houve golpe. A Caixa Econômica Federal afirmou, em nota, que uma vez que o golpe for confirmado, o contribuinte terá seu dinheiro ressarcido. Ainda segundo a instituição, o aplicativo tem falhas de sistema, mas muitas outras pessoas conseguiram preencher seus cadastros e ter acesso ao valor com mais facilidade através da confirmação escolhida por eles para o FGTS emergencial.
FGTS Emergencial: aplicativo falho
Não é a primeira vez que o aplicativo Caixa Tem é alvo de golpes. Do mesmo jeito que aconteceu com o FGTS emergencial, beneficiários do auxílio emergencial também tiveram seu dinheiro roubado. Os golpistas entravam no aplicativo, pedindo alterações cadastrais. Como muitas pessoas usam a data de nascimento como senha, era fácil a troca de informações. Assim, as pessoas mal intencionadas trocavam a conta de recebimento do auxílio e faziam compras utilizando o cartão virtual do benefício.
Como proteger meus dados?
Nesses tempos digitais, com muitos cadastros e compras online, os usuários acabam colocando seus dados em diversos bancos de dados de sites. Porém, para evitar golpes como os citados acima, o internauta pode adquirir alguns hábitos para se proteger online. Como:
- Não utilizar informações como data de nascimento (pessoal ou de parentes próximos), nomes de familiares — ou de bichinhos — e outros dados de fácil descobrimento pelas redes sociais como senha;
- Trocar suas senhas frequentemente (a cada 6 meses, no mínimo);
- Desconfiar de sites que pedem muitas informações, ou que estão vendendo produtos muito baratos;
- Prestar atenção nas fake news: não clique em todos os links que ver no Facebook, grupos de Whatsapp ou outras redes;
- Utilizar cartão-virtual para compras online (muitos bancos já dão essa opção ao usuário);
- Cuidado ao utilizar computadores e redes de internet de uso público;
- Escolha bem os aplicativos que baixar no celular, talvez aquele joguinho da moda seja uma porta de entrada para golpistas;
- Por fim, opte por proteger seus dispositivos — computador, celular e tablet — com softwares antivírus.