A vacinação contra COVID-19 em São Paulo já tem data para começar no estado! Isso porque o governador João Dória (PSDB) disse, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, que a vacina Coronavac deve ser liberada para a população a partir do dia 15 de dezembro.
A vacina chinesa Coronavac já está em fase de testes no estado e deve seguir dessa maneira durante 30 dias. Após esse período, os pesquisadores farão mais análises sobre a imunização e, se tudo correr bem, restará aguardar a liberação da Anvisa para a produção das doses e a aplicação na população começar.
A fase de testes inclui três etapas. Até agora não houve nenhum efeito significativo nos 13 mil voluntários que participaram da vacinação contra COVID-19 em São Paulo. Mesmo com a previsão para dezembro, a reação sofrida por esses voluntários determinará quando a vacina vai ser liberada.
Os primeiros a serem vacinados serão os profissionais da área da saúde. “Médicos, enfermeiros, paramédicos, aqueles que atuam em hospitais públicos, privados e em todas as unidades de saúde públicas, municipais e estaduais”, afirmou Dória. A previsão é de que toda a população de São Paulo seja vacinada até o fim de março de 2021. A vacina será aplicada em duas doses, com 14 dias de intervalo entre elas.
Instituto Butantan e Sinovac
Desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac, aqui no Brasil a Coronavac terá sua distribuição e fabricação feita pelo Instituto Butantan, parceiro do projeto. O governo do estado de São Paulo já assinou o contrato de compra de 46 milhões de doses, em que 6 milhões chegarão prontas ao Brasil e as outras 40 milhões serão formuladas pelo Buntantan. E até fevereiro do ano que vem, mais 14 milhões de doses serão feitas chegando ao total de 60 milhões.
Tudo isso será feito por meio da transferência de uma tecnologia da Sinovac na China para uma fábrica, que ainda será construída no estado de São Paulo. Dimas Covas, o diretor do Butantan, afirmou que vai se reunir com a Anvisa para que o processo de liberação da vacina seja o mais rápido possível. Segundo ele, os chineses são muito cooperativos e os dois países estão trabalhando juntos para o benefício da população.
O custo das operações será de aproximadamente 90 milhões de dólares, algo em torno de 500 milhões de reais. Parte desse dinheiro é de iniciativa privada, pouco mais de 30%, o restante é advindo de verba do Ministério da Saúde. Entretanto, ainda não houve sinalização nacional para o pagamento dessa parte. João Dória deseja que a fabricação da vacina em São Paulo seja feita em parceria com o governo federal, até mesmo para garantir a distribuição em todo o país. Mas, se houver qualquer discriminação política, ideológica ou discriminatória por parte do governo federal, São Paulo só irá imunizar a população do estado.