Jair Bolsonaro diz que haverá o pagamento de mais duas parcelas do auxílio emergencial, mas os valores devem ser reajustados. Em live realizada na última quinta-feira (04/06), o presidente enfatizou que os repasses precisam sofrer mudanças para não comprometer as despesas dos cofres públicos.
“Vai ter, também acertado com o [ministro da Economia] Paulo Guedes, a quarta e a quinta parcela do auxílio emergencial. Vai ser menor do que os R$ 600, para ir partindo exatamente para um fim. Cada vez que nós pagamos esse auxílio emergencial, dá quase R$ 40 bilhões. É mais do que os 13 meses do Bolsa Família”, Bolsonaro argumentou.
Os benefícios já foram transferidos para mais de 59 milhões de trabalhadores informais, integrantes do Bolsa Família e pessoas com baixa renda.
Entretanto, os R$ 600,00 vão “deixar de existir” e a expectativa é a de reavivar o setor do comércio. Os novos valores ainda não foram oficializados pelo governo federal, mas as primeiras propostas já estão sendo elaboradas junto ao ministro da Economia.
Mudança nos valores do Bolsa Família
Ainda na mesma live, Jair Bolsonaro diz que haverá o aumento no valor do Bolsa Família para os 14 milhões de beneficiários. As mudanças ainda serão anunciadas em momento oportuno, mas nenhuma data chegou a ser mencionada.
“Acho que o pessoal do Bolsa Família vai ter uma boa surpresa, não vai demorar. São pessoas que necessitam desse auxílio, que parece que está um pouquinho baixo. Então, se Deus quiser, a gente vai ter uma novidade no tocante a isso aí”, afirmou.
Valores das novas parcelas do auxílio emergencial
O governo federal está analisando a proposta intermediária em realizar pagamento no valor fixo de R$ 300,00. Vale destacar que a primeira proposta da equipe econômica, quando os benefícios ainda estavam em debate nas sessões plenárias, era de fornecer R$ 200,00. A quantia havia sido condenada pelo Legislativo.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, não concorda com a redução dos valores nas novas parcelas do auxílio emergencial. Ele chegou a destacar que isso pode trazer consequências imediatas às pessoas que dependem do dinheiro.
“É um impacto grande. Vamos buscar soluções dentro do orçamento fiscal normal para construir com o governo uma solução para manter R$ 600 por mais 60 dias”, começou.
Entretanto, a polêmica nas mudanças dos valores não é o único desafio enfrentado pelo governo federal. Muitas fraudes vêm sido identificadas pelo Tribunal de Contas da União e pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Uma pesquisa, realizada pelo Instituto Locomotiva, denota que um terço das Classes A e B solicitou o auxílio emergencial. De acordo com os dados, 69% tiveram seus cadastros aprovados e receberam as parcelas de R$ 600,00.