Nesta terça-feira (2), o governo federal anunciou que o Brasil participará na produção de vacinas contra o coronavírus. O projeto internacional, intitulado Acelerador de Vacina (ACT Accelerator), visa fabricar este e outros medicamentos, além de diagnósticos para combater a COVID-19. O consórcio conta com a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 44 países e entidades globais.
De acordo com Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a participação na produção de vacinas contra o coronavírus permitirá um acesso mais rápido ao remédio. “O Brasil é um país que tem uma competência no desenvolvimento de vacinas, a capacidade de nossos pesquisadores e cientistas é reconhecida internacionalmente, assim como a capacidade produção de vacinas”, afirmou em reunião no Palácio do Planalto.
Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores, afirmou que o Brasil irá trabalhar junto com outros países para desenvolver estudos sobre a doença. “Decidimos que o Brasil vai entrar no chamado acelerador de vacinas, que é um projeto aí de vários países e empresas privadas que estão buscando investir e trabalhar em conjunto para o desenvolvimento de uma vacina para o COVID-19”, explicou.
A Universidade de Oxford já está produzindo vacinas contra o coronavírus e, recentemente, a Anvisa autorizou testes do medicamento no Brasil. Uma das instituições cotadas para fabricar o produto em território nacional é a Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Enquanto isso, o Ministério da Saúde investiu R$ 1 bilhão em leitos de UTI para tratar pacientes.
Com toda essa evolução, a coronel Wendy Sammons-Jackson, diretora do Programa de Pesquisas de Doenças Infecciosas das Forças Armadas dos EUA, acredita que até o final do ano já haverá uma vacina viável. Além disso, na Coreia do Sul, comecerá o uso do antiviral remdesivir no tratamento de pessoas infectadas pela COVID-19.