O presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Júnior, afirmou que a empresa será vendida ao capital privado ainda no de 2021. No caso, a privatização ocorreria no segundo semestre do ano que vem. Mas, para isso, seria preciso que o Congresso aprovasse um projeto autorizando a venda da Eletrobras no ano de 2020.
A privatização foi defendida por Wilson Ferreira. Segundo ele, o dinheiro da venda auxiliaria o governo a equilibrar as contas públicas e amenizar os feitos provocados pela pandemia do novo coronavírus. Somente no primeiro trimestre, o PIB do país caiu 1,5%.
Avaliada em cerca de R$ 16 bilhões pelo governo federal, a Eletrobras ainda passará por outra avaliação para poder definir o preço das ações. De acordo com ele, investidores estrangeiros estariam interessados em investir dinheiro na Eletrobras.
A usina de Angra 3 também foi usada como exemplo pelo presidente. As obras estão paradas há cerca de cinco anos. Até agora, 60% está pronto e ainda serão necessários mais R$ 15 bilhões para poder entregar a usina pronta.
PL pode barrar venda
Ao mesmo tempo em que a fala do presidente da Eletrobras leva a crer que a empresa será privatizada, a pandemia provocada pelo novo coronavírus pode se tornar um obstáculo à venda. O Projeto de Lei n° 2.715/2020 que está tramitando na Câmara dos Deputados prevê por exemplo que nenhuma privatização poderá ser feita até um ano após o fim da pandemia.
Considerando que o Brasil ainda nem atingiu o pico, se o PL for aprovado, é bem provável que venda de estatais só ocorram em meados de 2022.
Um pouco mais sobre a Eletrobras
A Eletrobras foi fundada em 11 de junho de 1962. Sua sede fica na cidade do Rio de Janeiro. Com o nome oficial de Centrais Elétricas Brasileiras S.A., a Eletrobras é uma sociedade de economia mista e possui capital aberto. Todavia, o controle da maior parte das ações é do governo federal. Ela foi criada com o intuito de coordenar as empresas que atuam no setor elétrico do país.