Nesta sexta-feira (1º), enfermeiros que faziam protesto pacífico em Brasília foram atacados por um manifestante que é contra o isolamento social. Os profissionais da saúde estavam homenageando morte de 55 colegas da enfermagem por coronavírus. Quem cometeu agressão aos enfermeiros de forma física e moral foi Renan da Silva Sena. Ele trabalha como funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH).
Os enfermeiros estavam vestindo jalecos e segurando cruzes da papelão em homenagem aos colegas. Bem como carregavam nas costas papeis com os nomes dos falecidos. Sena, vestido de verde e amarelo, carregando uma bandeira do Brasil, atacou os profissionais da saúde com palavras. O homem jogou o próprio corpo contra os protestantes e chegou a cuspir na cara de uma enfermeira. A agressão aos enfermeiros aconteceu na Praça dos Três Poderes.
Demissão solicitada ao agressor
Renan Sena foi contratado pela G4F Soluções Corporativas Ltda como analista de projetos do setor socioeducativo para o MDH. Contudo, de acordo com informações, ele não apareceu para trabalhar desde março. Após a agressão aos enfermeiros, a ministra Damares Alves afirmou que a demissão do homem já teria sido solicitada.
O ministério afirmou que a G4F foi notificada pela primeira vez em 18 de março. “Já que o prestador de serviços demonstrou expresso descontentamento com a função até então exercida na pasta e a necessidade da área a que ele encontrava-se vinculado de um outro profissional que pudesse desempenhar as funções que até então lhe eram atribuídas”, explicou o MDH. Vários colegas dele contaram que o funcionário era insubordinado e difícil de lidar.
Por causa da confusão, o Ministério afirmou “reputar [crer] por inadmissíveis quaisquer atos de violência e agressão, tendo a ressaltar neste sentido uma série de ações de enfrentamento a todos os tipos de violência desenvolvidas no âmbito de suas pastas temáticas”. Após três dias da agressão aos enfermeiros, Renan Sena teve seu contrato rescindido.