Nesta segunda-feira (30/11), a farmacêutica americana, Moderna, irá solicitar autorização para o uso da vacina contra o novo coronavírus nos Estados Unidos e na Europa. O pedido será feito em caráter emergencial, ou seja, as agências reguladoras irão dar prioridade ao caso.
De acordo com a própria Moderna, os estudos sobre a vacina foram completados com a conclusão de que o imunizante possui uma eficácia de 94,1% contra o coronavírus, um índice considerado muito alto. Além disso, se contar somente os casos graves, a notícia é ainda melhor: “A eficácia da vacina contra COVID-19 grave foi de 100%”, informou a empresa.
Sobre o estudo da vacina da Moderna
A vacina da Moderna teve que passar pelas três fases comuns ao desenvolvimento de um imunizante. Por conta da urgência provocada pelo novo coronavírus, a empresa acelerou os processos e mesmo assim obteve bons resultados.
A fase três, onde os testes são feitos com uma grande quantidade de pessoas contou com mais de 30 mil voluntários. Foi a partir destes resultados que se chegou ao resultado de 94,1% de eficácia.
“Esta análise primária positiva confirma a capacidade da nossa vacina de prevenir a COVID-19 com 94,1% de eficácia e, mais importante, a capacidade de prevenir a COVID-19 grave. Nós acreditamos que a vacina fornecerá uma ferramenta nova e poderosa que pode mudar o curso da pandemia e ajudar a prevenir doenças graves, hospitalizações e mortes”, comunicou o CEO da Moderna, Stéphane Bancel.
Contratos do Brasil com fabricantes de vacina
O Brasil e alguns estados já firmaram contratos com empresas de desenvolvimento das vacinas contra coronavírus. O governo federal tem acordo com o imunizante feito pela Universidade de Oxford em parceria com a AstraZeneca.
O governo de São Paulo pretende vacinar sua população com a vacina chinesa, a Coronavac. Outros estados discutem a possibilidade da vacina russa, Sputnik V.
No entanto, nem o governo brasileiro e nem os estados firmaram qualquer tipo de acordo com a Moderna. Ou seja, ainda é necessário que haja conversas para que ela chegue ao país. De qualquer forma, será necessária a aprovação da Anvisa.