Na tarde desta segunda-feira, 23 de novembro, o ministro da economia Paulo Guedes voltou a falar que o auxílio emergencial não terá prorrogação em 2021. O benefício foi criado em razão da pandemia de COVID-19 e tem como foco trabalhadores informais e cidadãos desempregados.
A fala de Guedes foi feita durante um evento virtual de uma empresa de economia e investimentos. Segundo ele, existe uma grande pressão política para que sua pasta prorrogue o auxílio emergencial, por conta de uma suposta segunda onda da doença.
Auxílio emergencial não terá prorrogação em 2021
O chefe da economia do governo de Jair Bolsonaro afirmou que acredita que a COVID-19 já está em sua reta final, pois segundo ele a doença “está descendo”. Por isso o auxílio emergencial não terá prorrogação em 2021, já que não se faria necessário com a queda da doença e com a economia “voltando forte.
“A ideia é que o auxílio emergencial se extingue no final do ano. A economia está voltando forte, a doença está descendo. Eu não estou dizendo duas ou três semanas. Eu estou dizendo, de 1,3 mil, 1,4 mil mortes diárias, a coisa caiu para 300, 250. Agora, parece que voltou para 350. É uma tragédia de dimensões imensas, é terrível essa epidemia que abateu sobre o Brasil […]. Contra evidência empírica, não há muito argumento. Os fatos são que a doença cedeu bastante e a economia voltou com muita força”, disse Guedes.
Guedes diz estar preparado para uma segunda onda
O auxílio emergencial começou a ser pago em maio deste ano e inicialmente iria até o mês de julho. As primeiras parcelas tinham como valor R$ 600, ou R$ 1.200 para mães solo. Mas, após prorrogação, o valor foi diminuído para R$ 300 – entre setembro e dezembro – e adotou novos critérios para os beneficiários. Guedes, que já tinha falado em outras ocasiões, voltou a falar que o benefício não será prorrogado:
“Do ponto de vista do governo não existe a prorrogação do auxílio emergencial. Evidente que há muita pressão política para isso acontecer. É evidente que tem muita gente falando em segunda onda, etc. e nós estamos preparados para reagir a qualquer evidência empírica. Se houver uma evidência empírica, o Brasil tiver de novo mil mortes, tiver uma segunda onda efetivamente, nós já sabemos como reagir, já sabemos os programas que funcionaram melhor”, disse.
Entretanto, no dia 12 de novembro, o ministro chegou a afirmar que se houvesse mesmo uma segunda onda de COVID-19 no Brasil a prorrogação do auxílio emergencial seria uma certeza. Enquanto isso, vários membros do Governo Federal voltaram a defender uma extensão do auxílio emergencial por mais dois ou três meses em 2021, principalmente por conta da indefinição do Renda Cidadã – programa que seria uma espécie de Bolsa Família ampliado.