Nesta terça-feira (13), a maior bomba remanescente da Segunda Guerra Mundial explodiu durante ação de mergulhadores da Marinha Polonesa. As informações são da Polish Press Agency – PAP (Agência de Imprensa Polonesa, em português).
O episódio ocorreu próximo ao canal Piast, que fica perto da cidade de Swinoujscie no país do leste europeu. Mais de 750 pessoas tiveram que ser evacuadas do local durante a ação dos mergulhadores.
A detonação
A bomba se trata de uma Tallboy, que era usada pela Força Aérea britânica na época da Segunda Guerra. Com quase 5.400 kg – sendo 2.400kg só de explosivos – a bomba era capaz de provocar um terremoto. Nenhum dos mergulhadores estava na zona de perigo na hora da explosão.
O porta-voz da 8ª Flotilha de Defesa da Costa polonesa, o segundo-tenente Grzegorz Lewandowski, deu uma declaração à agência estatal PAP. “O processo de deflagração se tornou uma detonação. O objeto pode ser considerado neutralizado, e não representa mais uma ameaça”, disse.
Para desativar a bomba, os militares optaram por usar o método de deflagração. Uma espécie de combustão dos explosivos feita a uma temperatura abaixo do limiar de detonação. Por segurança devido ao tamanho da bomba, os marinheiros não usaram o método mais comum em casos de bomba: a detonação.
Canal Piast
O canal Piast fica entre o mar Báltico e o rio Oder, próximo da fronteira entre Polônia e Alemanha. Segundo os especialistas, a bomba foi lançada em 1945 pela Força Aérea Britânica durante um ataque aos alemães. Ela estava a cerca de 12 metros de profundidade no canal.
Com a desativação, algumas infraestruturas próximas foram danificadas, mas ninguém ficou ferido. Além dessa bomba, o Reino Unido havia enviado – à época da Segunda Guerra – outros 18 bombardeiros com destino a Swinoujscie, onde uma embarcação alemã estava, a Lützow.
Doze bombas Tallboys foram lançadas contra a embarcação alemã, mas uma não (a que foi desativada ontem pela Marinha Polonesa). Segundo o historiador Piotr Laskowski, a cidade polonesa era a localização de uma das bases mais importantes da marinha alemã durante a primeira e a segunda guerra.
Bombas da Segunda Guerra
Infelizmente, 75 anos depois, as bombas remanescentes da Segunda Guerra Mundial ainda são uma ameaça a muitas pessoas.
Estima-se que só na capital da Alemanha, Berlim, mais de 3 mil bombas estejam enterradas. Além disso, no fim da guerra o mar que banha o país germânico foi usado como uma espécie de “lixão” dos artefatos.
Segundo especialistas, mesmos enterradas a tantos anos as bombas – principalmente as que usam elementos químicos – ainda podem explodir se acionadas.