A Febraban alerta que muitos têm valores a receber, mas nem imaginam. É preciso estar atento, pois você pode ter direito a alguma quantia mesmo tendo nascido após o Plano Collor.
O que foi o Plano Collor?
Em março de 1990, foi criado o Plano Collor, que tinha como objetivo conter a hiperinflação brasileira iniciada na década de 1970. Esse período foi marcado por turbulências na economia e política do país. Algumas medidas do plano incluíam:
- Congelar poupanças pessoais para tentar desaquecer a economia: o governo confiscou US$ 100 bilhões na época. Foi um desastre para quem planejava comprar um imóvel ou pensava em investir em algum projeto caro.
- Preços e salários foram congelados: quem não presenciou a situação pode imaginar que congelamento de preço é uma coisa boa, mas não é, pois os produtos começaram a faltar nas prateleiras.
O pior é que a inflação sequer foi controlada. O plano só serviu para desgastar uma população já insatisfeita.
Qual a sua ligação com os valores congelados?
Antes que pergunte o que você tem a ver com o Plano Collor, vamos já explicar: aproximadamente 140 mil pessoas tem parentes que faleceram nos últimos anos e deixaram valores não sacados. Assim os herdeiros precisam descobrir se existiam valores na poupança deste familiar, pois a modalidade de investimento era muito popular na época.
Nem todos sacaram os valores quando foram liberados. Desta forma, outras 260 mil pessoas que tinham dinheiro em conta em 1990, mas não sacaram a quantia até hoje. Portanto, 400 mil pessoas tem direito a receber esses valores confiscados no total.
Como fazer para consultar ou sacar valores?
Basta consultar o Tribunal de Justiça do seu estado para descobrir. Caso encontre dificuldades, você pode recorrer ao fórum da cidade onde o titular da poupança morava. Se existirem valores a receber, será preciso procurar um advogado para dar entrada em um processo.
Os valores só serão pagos até 2025. Não perca o prazo!
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