Através da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), a qual é realizada todos os meses por meio da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), constatou-se o aumento de famílias endividadas em 2023.
Além do endividamento, o número de pessoas com o nome sujo tem crescido significativamente.
Aumento dos resultados da pesquisa revelam aumento da quantidade de lares endividados
Apesar de ter se mantido estável por quatro meses consecutivos, os resultados da Peic voltaram a subir por 0,2 ponto percentual no mês passado, ultrapassando a maior taxa anterior, que havia ocorrido em novembro de 2022.
Segundo José Roberto Tadros, presidente da CNC, o aumento expressivo dos níveis de inadimplência e endividamento reflete o estado atual da economia no país, o qual afeta significativamente o poder de compra e a qualidade de vida das famílias brasileiras.
Por meio de nota, ele acrescentou que para o Brasil voltar a se desenvolver, é imprescindível balancear o crescimento da economia com manter os preços estáveis, controlando a inflação.
Parte da renda das famílias está comprometida por dívidas
A economista da CNC, Izis Ferreira, aponta para uma melhora na renda dos trabalhadores que recebem, no máximo, dez salários mínimos.
Apesar do crescimento da taxa de endividamento durante o mês de junho, a média da renda comprometida por meio de pendências financeiras atingiu os níveis mais baixos desde setembro de 2020, chegando a menos de 30%.
Com o crescimento do número de endividados em junho, também houve aumento na quantidade daqueles que não pagam suas contas em dia, ou seja, os inadimplentes. A porcentagem de lares com dívidas atrasadas aumentou em 0,1 ponto, sendo 29,2%.
A economista da CNC, responsável pela Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), destaca que nem mesmo o desenvolvimento do mercado de trabalho e as melhores condições de salários foram capazes de melhorar a situação daqueles que estão com pendências financeiras atrasadas há bastante tempo.